Saiba
como proteger a audição de sua família do excesso de barulho dentro de casa
Com o maior convívio da família em
casa por causa da pandemia, nada melhor do que prestar atenção ao risco do
barulho em excesso no ambiente doméstico. O barulho está presente no aspirador
de pó, liquidificador, secador de cabelos, televisão, rádio, furadeira,
martelo, obra, reforma, latido de cachorro.
Ruídos desagradáveis são causados
também por certos brinquedos que as crianças e adolescentes adoram, mas que
podem ser perigosos para a audição. O barulho vem dos videogames com o som
"nas alturas", guitarras, aviões, carrinhos com sirenes, telefones,
dinossauros que rugem, jogos com explosões e até mesmo da música em volume alto
nas aparelhagens de som. Brinquedos sonoros "piratas" comprados em
camelôs, por exemplo, que não têm o selo do Inmetro, são um perigo, pois podem
emitir sons de até 120 decibéis, bem acima do permitido por lei (85 decibéis).
O barulho em excesso é uma realidade
em muitos lares, principalmente nesta fase em que muitos pais e filhos
permanecem em home office e aulas virtuais. A pandemia obrigou muitas pessoas a
transformar a casa em escritório e o quarto das crianças em uma escola
adaptada. E quanto mais horas dentro do lar, mais barulho. Por isso, cuidado!
Tudo isso pode afetar a audição.
"Se a perda auditiva é provocada
pela exposição a nível de pressão sonora elevado, o dano auditivo tende a se
estabilizar se a pessoa mudar seus hábitos e evitar situações e ambientes com
sons abusivos. No entanto, é importante lembrar que a audição perdida não pode
ser recuperada e que se não houver uma conscientização, o barulho em excesso,
ao longo do tempo, pode causar prejuízos cada vez maiores à audição. Dependendo
da intensidade, o ruído pode provocar, inclusive, como primeiro sintoma, o
zumbido nas orelhas", explica a Fonoaudióloga Marcella Vidal, Gerente de
Audiologia Corporativo, Telex Soluções Auditivas.
É importante prestar atenção também no
volume da televisão, que as crianças e adolescentes, muitas vezes, aumentam com
frequência. É necessário diminuir o som, explicar que o volume alto é
prejudicial e observar a reação deles.
"Aconselho aos pais que suspeitam
que seus filhos têm dificuldades auditivas que procurem um médico
otorrino-pediatra e fonoaudiólogo. A partir do resultado das avaliações
audiológicas, é indicado o tratamento mais adequado para a (re)habilitação
auditiva. Uma das opções é a adaptação de aparelhos auditivos, que adaptados
seguindo as boas práticas da adaptação pediátrica, dão suporte à reabilitação
auditiva e ao aprendizado escolar, garantindo um desenvolvimento
saudável", afirma a Fonoaudióloga, que é especialista em audiologia
infantil.
De acordo com a Organização Mundial da
Saúde (OMS), sons que atingem 70 decibéis já são desagradáveis para o sistema
auditivo humano e, acima de 85 decibéis, podem começar a danificar o mecanismo
da audição, dependendo do tempo e da frequência da exposição sonora. O manejo
contínuo de um brinquedo com esse volume pode prejudicar para sempre a audição
das crianças. As menores, de até três anos, são as mais afetadas. E se elas têm
a audição comprometida, isso pode afetar todo o seu desenvolvimento, inclusive
o desempenho escolar.
É importante o envolvimento de toda a
família na busca de um ambiente doméstico mais silencioso.
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