Para ajudar quem
está pensando em investir com uma margem de risco baixa, Tiago Cespe explica
quais são as melhores opções de investimento
A pandemia do novo coronavírus fez com que as
pessoas repensassem os gastos e as prioridades. Muitos perceberam que ter uma
reserva ou um investimento em um período como esse faz toda diferença e pode
evitar grandes dores de cabeça no futuro, como acúmulo de dívidas e
desestabilidade financeira. Entre março e julho de 2020, cresceu o número de
brasileiros que investiram na Bolsa de Valores. Somente nesse período, mais de
900 mil investidores individuais registraram o CPF na B3, uma das principais
empresas de infraestrutura de mercado financeiro no mundo. Outra curiosidade é
o aumento do número de mulheres cadastradas, que teve um crescimento de 25,42%,
o maior da história.
"Antigamente, por falta de informação, os
brasileiros tinham medo de investir, então acabavam sempre guardando o dinheiro
na poupança, porém, com a democratização das informações através da internet e
profissionais especializados, muita gente está descobrindo que há opções de risco
tão baixo quanto o da poupança e com rentabilidade bem maior”, explica Tiago Cespe,
fundador da Cespe Investimentos.
Por conta das incertezas impostas pelo momento
atual, muitas pessoas ficaram em dúvida sobre quais os investimentos mais
seguros durante esse período. Para ajudar quem está pensando em investir com
uma margem de risco baixa, Tiago Cespe
explica quais são as melhores opções de investimento, confira:
- Título Público Federal
Com o objetivo de conseguir dinheiro para financiar
dívidas e atividades do Governo Federal, os títulos públicos podem ser
considerados investimentos seguros e com o menor risco do mercado, já que o
governo não possui histórico de não pagar as dívidas acumuladas. Há três tipos
de tesouro direto: Selic, IPCA
e prefixado. O IPCA e prefixado
possuem boas chances de rentabilidade, mas é importante ressaltar que os papéis
só devem ser resgatados após do vencimento, de modo a não correr o risco de
perder o retorno combinado.
- CDBs
CDB é o Certificado de Depósito Bancário e
pode ser uma opção viável durante esse período. Ele é um título de investimento
feito pelos bancos com o objetivo de conseguir recursos para financiar
operações bancárias. O contrato feito entre o cliente e a instituição tem uma
taxa de rendimento acordada. Quando você investe em um CDB,
está emprestando dinheiro para o banco oferecer a outras pessoas ou empresas.
Em troca, você recebe uma remuneração: os chamados juros do investimento. Cada
banco tem uma política diferente para captar e emprestar dinheiro, por isso,
a rentabilidade
líquida do CDB varia conforme a instituição, sendo
importante procurar uma instituição financeira para entender melhor como
funciona esse processo e evitar ciladas.
- Debêntures
Embora o nome assuste um pouco, o conceito é bem
simples: Debêntures são títulos de crédito emitidos por empresas e negociados
no mercado de capitais. Em alguns aspectos, seu funcionamento lembra o dos
títulos públicos negociados no Tesouro
Direto. Só que em vez de financiar o governo, quem compra
debêntures empresta dinheiro para uma empresa construir uma nova fábrica,
expandir as operações no exterior ou fazer qualquer outro grande investimento.
Para não ser prejudicado, é importante pesquisar bastante sobre a empresa, sua
reputação e solidez no mercado. Algumas até possuem classificações de risco, o
que ajuda bastante na hora de investir.
- LCI e LCA
LCI e LCA são, respectivamente, as siglas
para Letra de Crédito Imobiliário e Letra de
Crédito do Agronegócio. Elas são títulos de renda fixa emitidos
por bancos e cujos recursos captados – o dinheiro de quem investe nos títulos –
são usados para financiar atividades do ramo imobiliário e atividades do
agronegócio. Como acontece com todo o investimento, em troca desse
empréstimo, o investidor recebe pagamento de juros, que são estabelecidos no
momento da compra do título. A data de vencimento também é determinada quando o
título é comprado. Ao contrário do Certificado do Depósito Bancário (CDB), as LCI
e LCA são isentas de cobrança de Imposto de Renda.
- Fundos de Investimento Imobiliários - FII
Fundos de Investimentos Imobiliários são grupos
de investidores que aplicam recursos em diferentes tipos de investimentos
imobiliários, desde aqueles já prontos como hospitais e centros comerciais ou
até mesmo os que ainda estão em desenvolvimento. A ideia é ter retorno pelo arrendamento
e exploração do local. Os fundos imobiliários pagam geralmente 0,6% de
dividendos mensais, isentos de imposto de renda. Na categoria de investimentos
seguros de longo prazo, esse pode ser uma opção bem interessante.
Tiago Cespe - possui especialização no mercado
financeiro como Agente Autônomo de Investimentos, Ancord, PQO, CPA-20 e
Analista de Financeiro pela FGV.
https://cespeinvestimentos.com.br/
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