A vasectomia é o procedimento de esterilização para homens, normalmente feito no próprio consultório médico, e que tem se popularizado no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde, o país apresentou uma alta na procura por essa cirurgia, quando comparamos os anos de 2011 e 2017. O Sistema Único de Saúde (SUS) registrou um crescimento de 20% no número de vasectomias, indo dos 30,6 mil em 2011 para os 36,7 mil em 2017.
Apesar do
número crescente, muitos homens ainda têm medo de se submeter ao procedimento,
principalmente devido a diversos mitos disseminados sobre o assunto. Entre as
dúvidas mais comuns: “Será que a vasectomia causa impotência sexual? Causa dor crônica? Causa perda de sensibilidade peniana?
Para esclarecer as dúvidas, o urologista e sexólogo Danilo Galante desmembrou
os principais mitos.
Confira abaixo:
A cirurgia causa impotência sexual?
MITO! No procedimento, apenas os ductos deferentes
são cortados, impedindo a passagem dos espermatozoides. Isso não interfere nos
nervos responsáveis pela ereção, não tendo como afetá-la.
Perda de sensibilidade no pênis ou testículos?
MITO! Na cirurgia, os nervos da pele não sofrem
qualquer tipo de intervenção. As complicações possíveis são sangramentos /
hematomas, dor crônica e infecção, correspondendo a menos de 5% do total de
pacientes operados.
Todos os pacientes têm dor crônica após serem
operados?
MITO! A dor crônica pode permanecer por até três
meses, mas acomete menos de 3% dos pacientes.
A vasectomia zera a ejaculação?
MITO!
Estima-se uma diminuição aproximada de 60% no volume ejaculado. O sêmen adquire
aspecto menos espesso e transparente. Portanto, a ejaculação ocorre, com volume
e aspectos diferentes.
O orgasmo pode ser perdido?
MITO! O paciente que faz a vasectomia mantém todas
as sensações de prazer, incluindo o orgasmo. Somente o volume da ejaculação é
alterado.
É um procedimento rápido?
VERDADE! Os dois lados do escroto são operados e o
tempo estimado para a realização da cirurgia é inferior a uma hora.
O paciente tem uma breve recuperação?
VERDADE! Já no dia seguinte, é possível retornar ao
trabalho e às demais atividades cotidianas.
A cirurgia tem alternativas quanto ao local de
realização?
VERDADE! O procedimento pode ser feito no hospital
ou no próprio consultório médico, caso seja equipada para isso.
Dr.
Danilo Galante –
Formado em medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) com
especialização em Urologia pela UNESP. Pós-graduado em Cirurgia Robótica pelo
Hospital Oswaldo Cruz – SP. Doutorado em urologia pela USP, além de Fellow
Observer of Johns Hopkins School of Medicine Brady Urological Institute
Laparoscopic and Robotic Urologic Surgery. Membro Titular da Sociedade
Brasileira de Urologia e Instrutor do ATLS (Advanced Trauma Life
Support), atua em áreas diversificadas como Cálculos Urinários; Infertilidade
(incluindo Reversão de Vasectomia), Disfunção Sexual e Cirurgia Robótica.
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