Crianças e jovens bem
orientados se tornam adultos mais fortalecidos para encarar os desafios do
mercado de trabalho
A discussão sobre o que é o
bullying e como combatê-lo tem se tornado cada vez mais presente nos ambientes
social e escolar. Esse comportamento é caracterizado pela prática agressiva
repetitiva direcionada a crianças e adolescentes por suas características
físicas, hábitos, sexualidade e maneira de ser.
Cleyton Luís, coordenador
acadêmico e comportamental do Cedaspy, rede de escolas de capacitação de
jovens, explica que, geralmente, o bullying é praticado por meio de agressões
verbais, físicas e psicológicas que incluem humilhação, intimidação e trauma
praticados de forma constante. “Os danos causados na vítima podem ser
profundos. Quem passa por isso pode desenvolver depressão, distúrbios
comportamentais e até mesmo suicídio”, conta o especialista.
O ambiente escolar
concentra o maior números de casos. “Os jovens passam grande parte do seu tempo
na escola e interagem com um número maior de pessoas. É comum haver um grupo
dominante que dita as regras, excluindo ou punindo quem não se encaixa nos
padrões”, diz Cleyton.
Entre os sintomas de quem
está passando pelo problema estão o isolamento social, a queda no rendimento escolar,
baixa autoestima, quadros depressivos, ansiedade, síndrome do pânico, dentre
outros. Quando não tratados, os sintomas prejudicam o jovem por toda a vida,
dificultando as relações pessoais, em sociedade, no trabalho e podem até mesmo
levar a vícios em drogas e álcool. “O diálogo e a conscientização ainda são as
formas mais eficazes de combater o mal”, avisa o coordenador do Cedaspy.
Muitas vezes, o educador é
um dos primeiros a identificar o problema. “Por acompanhar os alunos, o
professor tem mais facilidade em perceber quem são o agressor e a vítima. A
partir daí, escola e famílias precisam debater amplamente o assunto”, diz.
Lei de combate ao bullying
Em 2016, foi sancionada a
Lei 13.185, que instituiu o Programa de Combate à Intimidação Sistemática. A
lei torna a luta contra o bullying uma política pública de educação e prevê
ações para erradicar o problema por meio de publicidade e capacitação de
profissionais da educação.
“O bullying impacta
diretamente no rendimento escolar e, em diversos casos, segue até a vida
profissional”, diz Cleyton Luiz, do Cedaspy. O especialista orienta que o
diálogo entre pais e filhos é muito importante, além do acompanhamento do
desenvolvimento pessoal e escolar dessa criança. “Quando isso não é suficiente,
procurar ajuda profissional é essencial para garantir o bem-estar e a qualidade
de vida desse jovem”. Conclui.
Como combater o problema
·
Incentivar os jovens a ter empatia pelo próximo e realizar trabalhos em grupo
para saber lidar com as diferenças
·
Saber identificar a diferença entre bullying e uma simples desavença
·
Identificar e fortalecer no jovem suas possíveis fraquezas
·
Orientar sobre como lidar com o bullying também no ambiente virtual
·
Avaliar separadamente vítima e agressor para que possam ser auxiliados
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