Com o risco
de surto das doenças causadas pelo mosquito, alguns estados e municípios
brasileiros já deram início às estratégias de combate
O período de chuvas pelo qual passa o Brasil,
somado ao calor do Verão, exige que os cuidados para evitar a proliferação do
mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya sejam redobrados. O diretor
do Departamento de Imunizações de Doenças Transmissíveis da Secretaria de
Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Júlio Croda, explica que essa
condição climática aumenta as chances de propagação dessas doenças, já que cria
o ambiente “perfeito” para a reprodução do Aedes aegypti.
“Esse ano, especialmente no Nordeste, a previsão é
de muita chuva. O Espírito Santo também está vivendo um momento importante de
chuva. Por isso, nós pedimos aos estados que façam planos de contingência. Cabe
ao Ministério da Saúde alertar sobre essa possibilidade de ocorrência de
dengue, nesse Verão de final de 2019 e início de 2020.”
Com o risco de surto das doenças causadas pelo
mosquito, alguns estados e municípios brasileiros já deram início às
estratégias de combate. Em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, por exemplo,
está em andamento uma ação denominada “Mosquito Zero – É matar ou
morrer”.
A iniciativa consiste em limpeza de terrenos
públicos, transporte de materiais inservíveis descartados, visita de agentes de
combate às endemias, entre outros. A mobilização deve durar,
inicialmente, 10 dias, mas a expectativa é de que todas regiões da capital
realizem uma ação semelhante até abril.
Já no Distrito Federal, onde só a dengue foi
responsável pela morte de 62 pessoas em 2019, a Secretaria de Saúde conta com o
apoio de 500 militares do Corpo de Bombeiros, que eliminam focos do mosquito
nas regiões mais afetadas no ano passado.
O gerente da Gerência de Vetores de animais
peçonhentos da Diretoria da Vigilância Ambiental do DF, Reginaldo Braga, afirma
que os militares receberam treinamento adequado, mas que o principal combatente
do mosquito deve ser a população.
“Precisamos ter uma conscientização enorme do
morador, porque ele é o agente de saúde da própria casa, durante 24 horas. Ao
identificar o problema, orientamos o morador e pedimos que ele tire pelo menos
10 minutos por semana para identificar e eliminar os possíveis criadouros.”
Entre as medidas recomendadas pelo Ministério da
Saúde para acabar com os focos em casa estão: manter calhas sempre sem folhas
ou materiais que possam impedir a passagem da água; guardar baldes com a boca
virada para baixo e preencher os pratinhos de vasos de planta com areia até a
borda.
Em relação aos sacos de lixo, a recomendação é de
fechar bem e não deixar ao alcance de animais. Outra precaução é a limpeza da
caixa d’água, um dos locais mais comuns para focos do mosquito Aedes.
Para isso, esse reservatório de água deve ser
esvaziado até que chegue a um nível de, mais ou menos, um palmo de altura. A
partir daí, esfregar as paredes e o fundo da caixa com escova. Quando terminar
a limpeza, retirar a água suja com balde e a sujeira com pá de plástico. E não
se esqueça: sempre manter a caixa d’água fechada!
E você? Já combateu o mosquito hoje? A mudança
começa dentro de casa. Proteja a sua família. Para mais informações, acesse
saude.gov.br/combateaedes.
Fonte: https://www.agenciadoradio.com.br/
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