Especialista em marketing digital, Estevão
Rizzo, mostrou a evolução da comunicação e ameaças às organizações durante aula
modelo na IBE Conveniada FGV de Campinas
Somente
no Brasil, em 2018, foram investidos R$16,1 bilhões em compra de mídia digital.
Do total, 38% estavam alocados em vídeos, 34% em displays, 18% em buscas e 10%
divididos entre outros produtos.
“Assim
como os livros um dia foram vistos como uma tecnologia incrível e hoje não são
mais, a internet também não é mais uma tecnologia e sim uma camada da
sociedade, como luz e água encanada. Isso muda não somente a maneira como o ser
humano se comunica, mas também a forma como interage com o mundo físico. Por
isso, o marketing digital não é o filho mais novo da comunicação e sim o arrimo
da família”, destaca o professor de marketing digital da FGV, Estevão Rizzo,
convidado para a aula modelo da turma do MBA em Marketing e Inteligência de
Negócios Digitais da IBE Conveniada FGV, no último sábado (15).
Para
compreender o salto da comunicação online, em 2017 o investimento de R$14,8
bilhões representou um aumento de 25,4% em relação a 2016. Os dados são da IAB
Brasil (Interactive Advertising Bureau).
De
acordo com um dos marketeiros mais influentes e renomados do mundo, Gary
Vaynerchuk, atualmente “90% das maiores varejistas dos EUA estão com vendas em
queda nos últimos 5 anos. 80% dos investimentos delas estão em TV ou banners em
sites. No caso dos varejos que crescem, 100% do investimento delas é em
influenciadores, Facebook e Instagram. Isto não é uma coincidência”.
Rizzo
corrobora com a visão de Vaynerchuk e aponta a pluralidade de perfis como uma
das responsáveis pela ruptura no sistema tradicional de comunicar por meio da
publicidade. “Na era pré-digital era comum termos um ou poucos ‘targets’
(públicos-alvo) para um ou poucos produtos. Na mídia digital, isso muda
completamente porque temos a capacidade de trabalhar com diversas segmentações
extremamente detalhadas e, com isso, as empresas passaram a desenvolver
produtos específicos para diversos subgrupos, que chamamos de ‘buyer personas’.
Essa mudança de perspectiva mudou completamente a forma de se fazer marketing.”
E
a culpa não é das estrelas. “A internet 4.0 ou meta web e a tecnologia 5G abrem
a porta para uma infinidade de oportunidades na chamada ‘internet das coisas’.
As empresas que não aproveitarem essas oportunidades, e não se adaptarem ao
crescente consumo de produtos de realidades virtual, estarão fora do mercado
nos próximos 10 anos”, determina o professor.
É
que a disposição de toda essa tecnologia acabou impactando diretamente nos
hábitos do consumidor. Há informação disponível para todos. Há espaço para
todos. Há democracia. E a liberdade é tanta que agora é preciso lidar com a
pluralidade desses perfis. Aí que entra a importância das buyer personas, brand
personas, jornada do consumidor e funil de vendas na estratégia de marketing
digital.
“A
digitalização do mundo já aconteceu e não vai parar de crescer, a grande
pergunta é ‘você está lá para ser encontrado pelos seus clientes no momento que
eles precisam de você?’. Nessa realidade não vence quem tem mais dinheiro, mas
quem entende o que o seu cliente quer, como ele quer e principalmente onde ele
quer. A verdade é: ou você está no digital ou você não existe mais para seu
futuros clientes, provoca ele.
Se
você não está no Google, você não existe!
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