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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Quais cuidados ter com os pets no Carnaval?


Shutterstock


Em época de alegria e folia, será que os animaizinhos também querem curtir blocos com seus tutores? Especialista em comportamento animal e proprietário da Comportpet, Cleber Santos, alerta para situações que podem acabar com a festa



A época mais divertida do ano finalmente chegou. Entre os que preferem ir para folia e pular nos bloquinhos de Carnaval, há também que goste de aproveitar os dias para viajar, visitar a família e descansar. Em qualquer situação, seja com os pets na “pipoca”, em um salão de festas ou dentro de casa, fantasiados, para um registro fotográfico, o tutor deve pensar antes de mais nada no bem-estar do seu melhor amigo. 

O período de Carnaval já ocupa a segunda colocação entre datas mais temidas pelos os animais, perdendo apenas para o Ano Novo, por conta dos fogos. Para Cleber Santos, especialista em comportamento animal e proprietário da Comportpet, tutores de pets, muitas vezes cometem erros, que poderiam ser evitados. “Nestas festas, falta um pouco de empatia do dono com o pet. Isso porque o que ele julga divertido pode ser, no fundo, uma tortura". 

O especialista ainda alerta que além da parte emocional ficar abalada, desenvolvendo ansiedade e até depressão, problemas de pele podem ser desenvolvidos por conta das alegorias. 

Confira os principais cuidados que devem ser tomados com os bichinhos nessa época:


Alegorias

A melhor coisa do carnaval é se fantasiar com algo que goste. Mas, quando falamos dos cães, é preciso ter bastante atenção. Não tente fantasiar seu amigo se ele já não gosta de colocar roupinhas no dia a dia, isso pode deixá-lo estressado.

“Se for fantasiar o pet, tome cuidado com os materiais das roupinhas, escolha uma fantasia fresca, confortável e que não tenha muitos adereços". 


Sprays e maquiagem

Assim como as crianças pintam seus cabelos com spray colorido, alguns tutores passaram a utilizar estes produtos em seus pets. No Carnaval, a probabilidade é que isso aumente. 

O especialista alerta que além de causar irritação na pele, o animal também pode ser intoxicado. “Existe muito componente quiímico nestes produtos, que em muitos casos, possuem origem desconhecida. Na dúvida, não utilize”, alerta.


Multidões

Outro cuidado no qual deve ser tomado são com as multidões que acompanham os bloquinhos. É necessário conhecer a personalidade do seu cão para saber se ele não terá problemas ao estar no meio da aglomeração ou se isso pode fazer com que ele sinta-se acuado e com medo.

“O recomendado é não levar o cão em bloquinhos muito grandes. Mesmo se o cachorro for mais sociável, a quantidade de pessoas e o barulho extremos podem assustá-los e deixá-los com medo. Além disso, a agitação, às vezes, pode fazer com que o cão se irrite e acabe tentando avançar nas pessoas”, diz Cleber.


Calor

Caso decida enfrentar algum bloquinho com seu pet, é importante manter-se atento aos horários. O recomendado é não sair com o cão entre 10h e 16h, pois é o período que o sol está mais quente, e o calor excessivo pode fazer mal para o seu amigo.

“A resistência do cachorro para o calor é um pouco diferente da nossa. Dependendo do horário, o sol pode ser muito forte e fazer com que ele se sinta mal. Além disso, o ideal é sair com seu pet no começo da manhã ou no final da tarde. A maioria dos blocos de carnaval são na rua e, se a temperatura estiver muito alta, o seu cãozinho sofre o risco de acabar queimando as patinhas no asfalto pelo calor elevado”, alerta o especialista.


Coleira, Guia e Identificação

O carnaval tem uma concentração gigantesca de pessoas em um mesmo local, o que dificulta a locomoção. Imagina como isso deve ser para o seu pet? Se levá-lo para a folia junto com você, é necessário que ele esteja devidamente identificado. Assim, caso você se perca do seu amiguinho, as chances de alguém encontrá-lo e entrar em contato com você são maiores. 

“É importante deixar o animal com uma plaquinha de identificação com informações úteis, como o nome do pet e os dados pessoais atualizados do dono. Outra dica que pode parecer óbvia é: saia de casa com o pet na coleira ou guia. Às vezes, no meio da festança, o seu amiguinho pode querer sair correndo por conta da agitação e, dessa forma, você o mantém ao seu lado e seguro”, conclui.






Cleber Santos - Especialista em comportamento animal, atua como adestrador de cães há 12 anos, quando cuidava do canil de treinamento durante o serviço militar. Trabalhou para grandes canis do interior de São Paulo, treinando cães de policiais de todo o Brasil. Além da experiência profissional, fez diversos cursos, estágios e especializações, inclusive em outros países - Canadá, Estados Unidos, Argentina, Chile e Alemanha. Desde 2010, está também à frente da ComportPet, centro que oferece consultoria comportamental, adestramento e serviços de hotelaria e creche, além de atendimento veterinário, estética animal e terapias alternativas para pets, como a musicoterapia. É um dos únicos profissionais do Brasil que também adestra gatos, e vem sendo requisitado como adestrador de pets de famosos, entre eles o DJ Alok


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