Inicialmente, vamos definir rapidamente o que é uma
Startup, palavra que está sendo utilizada com frequência no mundo empresarial.
Uma Startup é uma empresa formada por um grupo de
pessoas a procura de um modelo de negócio. Trabalham em condições de incerteza,
por tratar o projeto de ideias inovadoras e que não existem no mercado.
Esses projetos buscam criar um negócio que quebra a
barreira do tradicional visando a inovação disruptiva, termo muito usado que se
resume às últimas tecnologias de forma a impactar o mercado, e transformar
hábitos.
Advogar para uma startup significa ter um
profissional do direito, com amplo conhecimento de gestão de negócios, de forma
a poder se iterar dos objetivos deste segmento que atua o seu cliente. Precisa
ter conhecimento geral do direito, ser ágil nas decisões, e propor soluções aos
impasses que surgem no dia a dia.
Chamamos, portanto, de Advocacia Multitarefa,
pois não há um ramo específico do direito para assistir uma Startup, mas sim, a
capacidade de entender o projeto do seu cliente e assim criar soluções
jurídica.
Quem advoga para uma Startup deve ter conhecimento
profundo de contratos, tributação, propriedade intelectual, trabalhistas e
demais áreas do direito.
Certamente este advogado deve trabalhar “pensando
fora da caixa” oferecendo ao seu cliente soluções estratégicas que
atendam a necessidade e não dependam de decisões judiciais ou uma decisão do
legislativo.
Deve este advogado estar despido da formalidade,
ser objetivo na sua comunicação, esquecendo o juridiquês, deve
ter habilidade de priorizar necessidades, porque esta lidando com empresas
promissoras, na sua maioria com recursos financeiros limitados e com um
crescimento muito rápido, portanto, deve este profissional escalonar os gastos
de seu cliente de acordo com a necessidade. É preciso que tenha espírito de
parceria e preparo para exercer a advocacia em um ambiente totalmente desafiador
e dinâmico.
Ninguém é capaz de saber tudo no direito, então
este profissional, além de ser parceiro de seu cliente, deve ter parcerias
formadas com outros escritórios, para gerir o atendimento.
Concluímos que o advogado que desejar trabalhar neste
nicho de mercado deve estar preparado para enfrentar um ambiente totalmente
desafiador e dinâmico, mas que lhe trará resultados e aprendizado.
Paulo Eduardo Akiyama - formado em economia e em
direito desde 1984. É palestrante, autor de artigos, sócio do escritório
Akiyama Advogados Associados e atua com ênfase no direito empresarial e direito
de família.
E-mail akyama@akiyama.adv.br
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