Durante o Carnaval 2020, a
Secretaria de Estado de Saúde (Susam), por meio Coordenação Estadual de
IST/Aids e Hepatites Virais, vai trabalhar com a
conscientização do público jovem em relação às Infecções Sexualmente
Transmissíveis. De acordo com Sistema de Informação de
Agravos de Notificação (Sinan), entre janeiro e setembro
de 2019, foram notificados 1.137 casos de HIV no Estado, em jovens e adultos. O
maior número de casos notificados é de pessoas na faixa de idade entre 20 e 24
anos, totalizando 295 casos. Em segundo lugar vem a faixa etária de 25 a 29
anos, com 244 notificações, seguida da faixa de 30 a 34 anos, com 166 casos
notificados.
Carnaval
é sinônimo de festa, diversão e muita paquera. Não é à toa que nessa época do
ano existem diversas campanhas para o uso de preservativos. De acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS), são contabilizados no mundo mais de 1
milhão de casos de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) curáveis entre
pessoas de 15 a 49 anos. E essas doenças estão em alta no Brasil, segundo dados
coletados pelo Ministério da Saúde.
A sífilis
é o caso mais gritante: foram 158 mil notificações da doença em 2018, levando a
uma taxa de 75,8 casos para cada 100 mil habitantes — em 2017, eram 59,1
casos/100 mil habitantes.
De 2008
até 2018 o Brasil registrou quase 633 mil casos dessas infecções, só no ano
passado foram cerca de 43 mil, somadas as hepatites A, B C e D. Dados do
Unaids, programa das Nações Unidas especializado na epidemia, indicam que o
Brasil apresentou aumento de 21% no número de novos casos de infecções por HIV
de 2010 a 2018.
De
acordo com a ginecologista e sexóloga Dra. Erica Mantelli, muitas pessoas ficam
mais vulneráveis nesse período e acabam não pensando nas consequências de uma
relação sexual sem proteção. “Muitas vezes, o próprio portador desconhece que
tem a doença e acaba contaminando as outras. Temos que colocar na cabeça que
não podemos enxergar quem tem alguma disfunção somente pelo rosto”, alerta.
Cada
DST conta com um quadro clínico diferente. Algumas têm tratamentos, enquanto
outras ainda não encontraram a cura. Dentre as mais conhecidas estão: AIDS,
gonorreia, sífilis e herpes. “Destas quatro, a AIDS é a única que não tem cura.
No entanto, apesar das outras DSTs serem tratadas, se estiverem num quadro
avançado, isso pode provocar problemas mais sérios. ”, ressaltou a
ginecologista.
A
principal maneira de se evitar as DSTs é o uso de preservativos.
“Independentemente do parceiro (a) afirmar que não está infectado, a utilização
de camisinha é indispensável principalmente nesta época do ano. É importante
também realizar exames periódicos com o objetivo de assegurar que não foi contaminado,
afinal, não é de imediato que os sintomas das doenças aparecem. ”, conclui.
Dra. Erica Mantelli - ginecologista,
obstetra e especialista em saúde sexual - Graduada
pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro, com Título de Especialista
em Ginecologia e Obstetrícia. Pós-graduada em disciplinas como Medicina Legal e
Perícias Médicas pela Universidade de São Paulo (USP), e Sexologia/Sexualidade
Humana. É formada também em Programação Neolinguística, por Mateusz Grzesiak
(Elsever Institute). Site: http://ericamantelli.com.br
Instagram: @ericamantelli
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