Presentes em diversos ramos da economia nacional, trabalhadores do
comércio, que tem seu dia comemorada em 30 de outubro, são apontados como
propulsores do desenvolvimento do país
A data de 30
de outubro marca a homenagem a um do ramos profissionais mais importantes para
a economia brasileira e que envolve um dos maiores contingentes de
trabalhadores do país. O Dia dos Comerciários, celebrado nesta segunda-feira
(30), foi criado depois que uma determinação do então presidente da República,
Getúlio Vargas, reduziu a carga horária da categoria de 12 horas diárias para 8
horas, em 30 de outubro de 1932.
A decisão, que
acabou beneficiando também profissionais de outros setores, foi um marco
histórico para os comerciários, hoje considerados um dos propulsores do
desenvolvimento econômico no país. “O
comerciário é um agente fundamental para a irrigação da economia. Se não tem
comércio, não tem consumo, nem transformação, e a produção fica represada,
gerando a crise", afirma o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, que
trabalhou como comerciário em Carazinho (RS), sua cidade natal, na década de
1980.
A importância
do comerciário na economia brasileira pode ser sentida pelo número de
trabalhadores envolvidos nas atividades do setor. A Confederação Nacional dos
Trabalhadores no Comércio (CNTC) conta hoje com 25 federações filiadas e mais
de 800 sindicatos vinculados, representando 12 milhões de trabalhadores no
comércio e serviços em todo o país.
Regulamentação
- Em março de 2013, a profissão
foi regulamentada pela Lei nº 12.790, que reconheceu a importância política,
social e econômica da categoria comerciária. Passando a ter direitos,
benefícios e segurança jurídica comuns a outras profissões, a atividade deixou
de ser uma simples função e passou a ser uma profissão.
O comerciário
atua como empregado em estabelecimentos comerciais dos mais diversos ramos. De
álcool e bebidas em geral a distribuidora de produtos siderúrgicos, passando
pelo comércio de bijuterias, gêneros alimentícios, máquinas, materiais de
construção, tecidos, material de escritório e papelaria em geral – enfim, de
feiras livres a lojas de shoppings ou de ruas, o vendedor, caixa, promotor,
estoquista ou gerente de um estabelecimento comercial tem importância
fundamental na economia brasileira.
Os setores de
Comércio e Serviços respondem por mais da metade do Produto Interno Bruto (PIB)
do Brasil, aproximadamente 55%, o que implica também uma alta participação no
total de empregos do mercado de trabalho.
Empregos – Segundo a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2016,
divulgada neste mês de outubro pelo Ministério do Trabalho, na série de 2010 a
2016 houve um crescimento relativo e absoluto dos setores de Comércio e
Serviços como principais empregadores. Juntos, eles ampliaram sua participação
de 51,6% (2010) para 56,4% (2016), um incremento da ordem de 3,2 milhões de
empregos no período. Segundo a Rais, o Brasil tinha 16,70 milhões de empregados
formais em Serviços e 9,6 milhões no Comércio, em dezembro de 2016.
Os
trabalhadores do comércio também estão encontrando uma nova realidade no
mercado de trabalho, após os dois anos de crise de emprego que o país
enfrentou. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontou o
Comércio como o segundo maior destaque no mês de setembro, com crescimento do
emprego e saldo positivo de 15.040 postos de trabalho. Esse resultado refletiu
o desempenho dos subsetores do Comércio Varejista (com saldo de +13.174 postos)
e do Comércio Atacadista (+1.866 empregos).
Diante da
retomada do crescimento econômico, a expectativa é de que a categoria seja cada
dia mais valorizada. Segundo o ministro Ronaldo Nogueira, os comerciários são
fundamentais para o sucesso de qualquer estabelecimento comercial, dando a cara
e o jeito de uma empresa ou de uma marca no contato com os clientes e em todo o
processo até que o produto ou serviço chegue ao consumidor final. “Se antes a
atividade de comerciário podia ser vista por alguns como uma saída para quem
não conquistou outra colocação profissional, hoje ser comerciário é uma escolha
consciente, que pode levar ao reconhecimento e à conquista de metas e de
satisfação na vida profissional”, enfatiza o ministro Ronaldo Nogueira.
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