Ao
invés de entrar em calorosas discussões sobre qual pet é o melhor amigo do
homem: se o cão ou gato, muitos optam por ter os dois animaizinhos em
casa. Só que, com mais diversão, também existem mais preocupações como a
alimentação. Com novos sabores e odores lançados no mercado a cada dia, às
vezes fica difícil evitar que um pet “roube” a comida do outro. Mas
afinal de contas, o que acontece se o cão comer o alimento do gato ou
vice-versa?
A
resposta para essa pergunta é mais simples do que parece. Se essa situação for
apenas ocasional não há nenhum problema. No entanto, a substituição permanente
é extremamente perigosa e não recomendável. Isso porque, o alimento de cada
espécie é feito especificamente para suas necessidades, exigências e
particularidades.
Para
alimentos destinados aos gatos, por exemplo, adiciona-se a taurina, um
aminoácido que não está presente nos produtos indicados aos cães uma vez que
esse produz a sua própria taurina no organismo.
Na
natureza, os gatos teriam que se alimentar de presas vivas, e assim,
consumiriam a taurina naturalmente.
Uma
troca definitiva, nesse caso, poderia trazer danos irreversíveis a longo prazo
para o gato já que a taurina é fundamental para a reprodução, visão e função
cardíaca dos felinos.
Já
para os cães, quando consomem uma alimentação para gato a quantidade de energia
ingerida passa a ser maior que a sua necessidade, predispondo esse cão a
obesidade e suas consequências como problemas de pele, nas articulações e
diabetes.
Se
o seu pet não gosta do sabor do alimento que está consumindo, procure deixá-lo
mais saboroso com sachês de gostos diferentes e agrados eventuais, mas nunca
substitua por um alimento indicado para uma outra espécie.
René Rodrigues
Junior -
médico veterinário da Magnus, fabricante de alimentos para cães e gatos
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