Envelhecimento saudável em evidência
Medo de envelhecer?
Pesquisa revela como idosos encaram o
avanço da idade
Levantamento realizado em 10 capitais, com homens e mulheres
acima de 55 anos, mostra que 63% deles pensam no assunto e mais da metade não
se sentem velhos
Segundo o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa média de vida do
brasileiro é de 77 anos. De 1940 a 2020 a expectativa média de vida
terá aumentado em 167%. Isso porque, seguindo a tendência mundial de redução
das taxas de natalidade e número de óbitos, a idade média do brasileiro passou
de 45,5 anos, em 1940, para 78 anos, em 2020 (IBGE).
Fomentada pelo desenvolvimento econômico e por avanços tecnológicos, tanto na medicina
quanto no saneamento básico, essa transição demográfica aumentou a
expectativa de vida da população e vem redefinindo o significado de
“terceira idade”. Mais ativos do que nunca, homens e mulheres com mais de
55 anos não só vivem mais, como vivem melhor. É o que aponta a pesquisa
realizada pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) – São
Paulo, em parceria com a Bayer.
De acordo com o estudo, o envelhecimento
está na pauta do público acima dos 55 anos – 63% deles pensa a respeito
disso. E, quando questionados sobre como se sentem em relação ao
passar dos anos, 32% afirmam estar bem com a situação. A velhice assusta
apenas 14% dos entrevistados. Outro dado interessante trata da percepção
que esse público tem de si mesmo, mais da metade (54%) não se sente velho.
Quando o assunto é expectativa para o futuro, curtir a família e os
netos (27%) foi a resposta mais citada.
“Ainda é comum os olhos da sociedade se
voltarem para a velhice com preconceitos e rótulos que não representam mais
esta parcela de nossa população. Mesmo que o envelhecimento faça parte de um
processo natural do ser humano, que tem início desde o nascimento, ele ainda é
acompanhado por estigmas que precisam ser quebrados”,
afirma a Dra.Maisa Kairalla, Presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e
Gerontologia - São Paulo.
Economicamente ativos e
socialmente engajados, esse público anseia por um envelhecimento mais saudável
e melhor qualidade de vida. Para isso, visitam o médico (24%), se alimentam de
maneira adequada (23%) e praticam exercícios regularmente (17%).As boas
práticas não se limitam ao plano físico, a saúde mental também é observada: 76%
dos entrevistados leem ou praticam alguma atividade que desafie o cérebro.
Além disso, 64% frequentam eventos sociais semanalmente. Apesar de 62% ter
alguma doença crônica e 65% fazer uso de medicamentos, 64% se consideram
saudáveis.
Algumas questões, no entanto, afligem os
mais maduros. A solidão (29%) é a principal delas, seguida da incapacidade de
enxergar ou se locomover (21%) e do desenvolvimento de doenças graves (18%).“Levando
em consideração que a população idosa brasileira triplicará até 2050, chegando
a mais de 66 milhões de pessoas, segundo o IBGE, é fundamental ter atenção
quando o assunto é o envelhecimento ativo e saudável. O idoso precisa ser autônomo, independente e praticar
atividades que tragam propósito ao seu dia-a-dia”, finaliza a Dra.
Maisa.
A pesquisa foi realizada
em 10 capitais brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte,
Curitiba, Porto Alegre, Brasília, Goiânia, Salvador, Recife e Belém), com dois
mil homens e mulheres, na faixa etária acima dos 55 anos.
Envelhecimento ativo e
saudável
Tal mudança na estrutura populacional do
país, além de ser causada pelos novos hábitos comportamentais, é proporcionada
pela prevenção de doenças crônicas como a obesidade, hipertensão e diabetes.
Além disso, avanços da medicina em relação ao controle da saúde por meio de
drogas mais efetivas e procedimentos inovadores, possibilitam manter a
qualidade de vida nesta faixa etária.
As atividades mais frequentemente citadas
para alcançar o envelhecimento saudável foram:
·
Visita ao médico com
frequência:
- 37% uma
vez por ano e 51% mais de uma vez por ano.
·
Prática semanal de
exercícios físicos:
- 38% uma
a duas vezes, 22% três a quatro vezes e 12% mais que quatro vezes.
- 36% tem
matrícula em academia.
·
Alimentação saudável:
- 68% dos entrevistados se
alimenta de maneira saudável
“A pessoa que
ao longo de seu curso de vida toma medidas para prevenir doenças crônicas
terá sem dúvida um melhor envelhecer. Terá acumulado o capital de saúde tão
importante para a qualidade de vida na medida em que envelhecemos. Quanto
mais cedo começar a tomá-las, melhor - mas nunca é tarde demais. No
entanto, o processo de envelhecimento muitas vezes é acompanhado de
enfermidades. Diferentemente do que acontecia há 20, 30 anos, métodos de
diagnóstico precoce e tratamentos adequados fazem então toda diferença. Um
diagnóstico de diabetes não é mais sinônimo de cegueira ou de insuficiência
renal - desde que as intervenções sejam disponibilizadas a este paciente
a tempo, com a segurança que o conhecimento médico hoje permite”,
comenta o Presidente do Centro Internacional da Longevidade Brasil, Alexandre
Kalache.
Em um passado não muito distante, chegar à
terceira idade era motivo de preocupação para muitas pessoas, mas essa
perspectiva tem mudado positivamente e, chegar à maturidade aos 50, 60, 70, 80
anos ou mais, tem sido uma prova de que a terceira idade tornou-se o começo de
um novo ciclo cheio de descobertas e aprendizado.
A pesquisa foi realizada pela Sociedade
Brasileira de Geriatria e Gerontologia seccional São Paulo (SBGG-SP) em
parceria com a Bayer.
Bayer: Ciência
para uma vida melhor
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