Novembro Azul é uma campanha
anual e internacional de prevenção ao câncer de próstata – o mais comum entre
os homens, com exceção do câncer de pele não-melanoma. No Brasil, em 2016,
foram registrados mais de 60 mil casos da doença. Na opinião do médico
urologista Arnaldo Cividanes, diretor técnico do Hospital SAHA, em São Paulo,
depois dos 40 anos os homens deveriam consultar seu médico urologista com mais
regularidade. Não só por conta do câncer de próstata, mas para prevenir ou
tratar problemas que ocorrem com mais frequência a partir dessa fase da vida.
“Aos 40 anos, muitos homens estão focados
em atingir a maturidade profissional e dar mais atenção à família. Geralmente,
sua preocupação com a saúde está mais associada a como perder aquele pneuzinho
ao redor da cintura. Mas é bem a partir dessa idade que talvez tenham de lidar
com problemas urinários, sexuais e ainda com o aumento da próstata. Muitos
resistem à ideia, mas é fato que contar com o acompanhamento de um especialista
torna a vida melhor”, diz Cividanes.
O médico explica que, a partir dessa idade,
questões relacionadas à qualidade de vida passam a ser mais relevantes. “A vida
sexual e a saúde da próstata começam a ocupar um lugar de destaque nas
preocupações masculinas – que podem ser minimizadas com o devido
acompanhamento. O paciente passa a ter dificuldade para urinar ou, ao
contrário, pode estar percebendo que vai muitas vezes mais ao banheiro do que
antes, e não é uma questão apenas de ansiedade. Esse é um dos sintomas de
próstata aumentada, que pode ser tratado com medicamentos que melhoram
significativamente os sintomas e, principalmente, preservam a saúde de bexiga.
Em determinados casos, um procedimento minimamente invasivo pode ser realizado
para reduzir o tamanho da próstata”.
Segundo o médico, mais perto dos 50 anos os
homens também podem começar a se queixar de queda na libido, acompanhada ou não
de disfunção erétil. Apesar de não ser um problema físico, o urologista
geralmente solicita um exame de sangue para checar os hormônios masculinos e
indicar reposição hormonal, quando necessário, ou ainda medicamentos para
aumentar o fluxo sanguíneo e facilitar a relação sexual.
Depois dos 50 anos, o câncer de
próstata deve ser preocupação real
Ao chegar à meia-idade, o câncer de
próstata deve ser uma preocupação real e os homens têm de começar a se
consultar pelo menos uma vez ao ano com um urologista para fazer os exames
preventivos necessários – exame clínico de toque e exame de sangue para checar
o nível de PSA. Arnaldo Cividanes afirma que, na maioria dos casos, o câncer de
próstata tem evolução lenta e demora alguns anos para a próstata ganhar um
volume significativo – que seja detectável num simples exame clínico.
Entretanto, alguns casos são mais agressivos e requerem tratamento imediato. “O
check-up anual é fundamental para se detectar um câncer de próstata em estágio
inicial (quando ele ainda está confinado à glândula prostática e não se
espalhou para outros órgãos), sendo que a chance de cura atinge mais de 80%,
nesses casos”.
Segundo o médico, homens que têm parentes
diretos (pai e irmãos) que já tiveram câncer de próstata estão duas vezes mais
propensos à doença. Mas há outros fatores de risco que precisam ser levados em
conta também. “Quem está acima do peso ou é obeso, bem como quem tem uma
alimentação com muita gordura ou carboidratos processados, também está mais
exposto a esse tipo de câncer, em sua forma agressiva. Vale dizer que somente o
exame de PSA e o exame de toque não são suficientes para diagnosticar o câncer
de próstata. Quando os dois primeiros indicam uma possibilidade, é a biópsia
que vai apontar a existência ou não do tumor, como também quão agressivo ele
pode ser”.
Fonte:
Dr. Arnaldo Cividanes -
médico urologista e diretor técnico do Hospital
SAHA, em São Paulo – www.hospitalsaha.com.br
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