Estudo aborda as políticas de amamentação no
local de trabalho, nos Estados Unidos. A amamentação traz muitos benefícios
importantes para as mães e os bebês, mas as barreiras no local de trabalho
contribuem para baixas taxas de aleitamento materno
Para
as mães de primeira viagem, voltar ao trabalho pode representar uma série de
obstáculos para a continuidade da amamentação. As políticas do local de
trabalho que afetam a capacidade de amamentar - e o papel dos profissionais de
enfermagem para ajudar a superar esses obstáculos - são o tema de um artigo especial no The Nurse Practitioner,
publicado pela Wolters Kluwer.
A
amamentação traz muitos benefícios importantes para a mãe e os bebês, mas
as barreiras no local de trabalho contribuem para baixas taxas de amamentação.
Os enfermeiros funcionam frequentemente como o primeiro ponto de referência
para as novas mães e podem afetar positivamente as decisões sobre a amamentação.
Políticas no local de trabalho
“A
amamentação é amplamente reconhecida como a melhor forma de nutrição para
lactentes, proporcionando benefícios para a saúde dos bebês e das mães. Como
tal, as medidas para incentivar a amamentação têm o potencial de reduzir os
custos de saúde. A sociedade em geral se beneficia de mães e bebês mais
saudáveis”, afirma o pediatra Moises Chencinski,
criador e incentivador do movimento Eu apoio leite materno
(#euapoioleitematerno).
Mas
enquanto 75% das mulheres escolhem amamentar após o parto, apenas 40% continuam
nessa intenção depois de voltarem ao trabalho. Nos Estados Unidos, o
aleitamento materno é considerado como uma escolha pessoal e a legislação em
apoio à amamentação no local de trabalho é mais limitada do que na maioria dos
outros países.
“As
políticas do empregador podem ter um grande impacto na possibilidade de as mulheres
continuarem no aleitamento materno, após o retorno ao trabalho. Um estudo
descobriu que as mulheres que trabalham em empresas com políticas de apoio à
amamentação são mais propensas a continuar amamentando por pelo menos seis
meses, conforme o recomendado pelas diretrizes atuais”, diz o pediatra, autor
do blog #EuApoioLeiteMaterno.
O
artigo identifica os elementos-chave de uma política de amamentação exitosa no
local de trabalho, incluindo pausas adequadas e uma área adequada para as
mulheres bombearem o leite materno, bem como uma instalação para o
armazenamento do leite retirado (como uma geladeira). Os custos de tais
políticas são relativamente baixos - e provavelmente serão compensados pelas potenciais economias
relacionadas ao absenteísmo, menores custos de saúde e
menor rotatividade de funcionárias.
Nos
Estados Unidos, no entanto, é improvável que empregadores adotem programas de
promoção à amamentação, a menos que existam regulamentos para apoiá-los.
O documento "Break Time for Nursing Mothers", uma Lei de
Cuidados Acessíveis, abrange a proteção a alguns funcionários e locais de
trabalho. Além disso, 28 estados (juntamente com Porto Rico e o Distrito de
Columbia) possuem leis sobre a amamentação no local de trabalho. "Os
profissionais de enfermagem devem manter-se atualizados sobre a legislação
atual e os recursos da comunidade que estão disponíveis para apoiar a
amamentação, uma vez que essas pacientes retornarão ao trabalho", defendem
os autores do estudo.
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