Psicóloga explica os
sintomas do transtorno que atinge um em cada 60 indivíduos, segundo dados da
ONU
O Dia Mundial da Conscientização do Autismo é
comemorado dia 2 abril com o objetivo de pedir mais atenção ao transtorno do
espectro autista - nome oficial do autismo. Segundo a Organização das Nações
Unidas (ONU), aproximadamente 1% da população mundial ou um em cada 68
indivíduos apresenta algum transtorno do gênero, e a discussão do tema está
mais abrangente a cada ano.
De acordo com a psicóloga Sarah Lopes, do
Hapvida Saúde, o autismo é um transtorno global do desenvolvimento, ainda de
origem desconhecida. “Existem algumas teorias quanto às causas, mas, nenhuma
ainda confirmada. Este transtorno afeta especialmente a capacidade comunicativa
das crianças”, explica.
Os níveis da patologia estão divididos em
leve, moderado e grave, sendo os mais conhecidos o Autismo Infantil e a
Síndrome de Aspeger. Os sinais do autismo, quando leve ou moderado,
costumam ser percebidos em idade escolar ou quando há um atraso na linguagem
oral durante a infância.
“Casos mais graves podem ser diagnosticados
mais cedo considerando alguns sinais: ausência de interesse nos adultos, não
reconhecimento dos pais ou de seu próprio nome, restrição alimentar seletiva e
atraso no desenvolvimento motor. Quando a criança é maior, podemos observar as
dificuldades para expressão de sentimentos, linguagem simbólica (fantasiar em
brincadeiras, como brincar que fala ao telefone, casinha, carrinho), para
aceitar regras e complicações no processo de aprendizagem”, descreve a
psicóloga.
O diagnóstico acontece com a avaliação
clínica de um psiquiatra infantil ou neuropediatra, que se baseia na análise
dos sintomas citados acima, além da realização de outros exames complementares
que, apesar de não identificarem o transtorno, servem para verificar a
existência de duas ou mais doenças em simultâneo e/ou relacionadas.
O
tratamento, normalmente multidisciplinar, consiste em permitir a compreensão
linguística da criança, auxiliar sua expressão simbólica e possibilitar seu
desenvolvimento cognitivo e motor. “Dependendo da gravidade, o uso de medicação
pode ser indicado”, conclui.
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