Na lista de Páscoa não pode faltar o chocolate e nem o
bacalhau, para preparar o menu tradicional de comemoração desta data tão
especial; Mas é preciso ter cuidados
durante a compra e conservação, e o consumo sem exageros
A
Páscoa é um período em que muitas pessoas acabam exagerando na alimentação, com
refeições mais calóricas e o consumo exagerado de chocolates. No entanto, é
possível preparar receitas deliciosas e saudáveis para comemorar a Páscoa sem
excessos. Na lista da Páscoa não pode faltar o chocolate e nem o bacalhau, para
preparar o menu tradicional de comemoração desta data tão especial.
Vale
a pena aproveitar o período e consumir mais peixes, pois são inúmeros os
benefícios à saúde. Segundo a gerente de Nutrição do HCor (Hospital do
Coração), Rosana Perim, os peixes possuem proteínas de fácil digestão, e com
uma valor nutritivo superior ao das carnes vermelhas. Além disso, são ricos em
substâncias que o corpo não produz, como o ômega 3 - um aliado do coração.
O
bacalhau, a grande atração do almoço, pode ser desfiado, servido em postas ou
em lascas. O cuidado começa no pré-preparo. Um dessalgue correto é o primeiro
passo para o sucesso da receita. “É preciso que se tomem alguns cuidados durante o dessalgue do
bacalhau, principalmente para os hipertensos. A recomendação é deixar o peixe
por mais tempo de molho, e fazer as trocas mais frequentes de água”, recomenda
a nutricionista.
Outra
dica saudável é preparar o bacalhau regado com muito azeite de oliva, rico em gordura monoinsaturada, a mais benéfica para o
coração, e também contém substâncias antioxidantes que impedem a ação dos radicais livres, que provocam a oxidação do colesterol, o acúmulo de placas de gorduras nos vasos sanguíneos e também
o envelhecimento das células.
“Para
aqueles que não apreciam o bacalhau, mas são amantes de peixes, não faltam boas
opções como: pescada, salmão, linguado, sardinha, que são ricos em ômega 3. Por
isso, é hora de aproveitar essa tradição e usufruir desses deliciosos e
saudáveis alimentos e, principalmente, criar opções de prepará-los e servi-los
à mesa de forma impecável”, recomenda Rosana Perim.
Cuidados com a compra e
conservação:
Normalmente
não há diferença de qualidade entre peixes frescos e congelados, mas alguns
cuidados com a conservação e o transporte do alimento devem ser observados pelo
consumidor. “Na hora da compra é importante verificar o brilho dos olhos, a cor
e o odor do pescado. Sua consistência deve ser firme e a carne não deve afundar
ao sofrer a pressão dos dedos. O ideal é adquirir produtos de estabelecimentos
certificados pelos órgãos fiscalizadores”, explica.
Quando
optar pela compra do pescado congelado, é importante ficar atento para que o
produto não descongele durante o seu transporte. “Caso isso aconteça, o ideal é
que o peixe não volte para o congelador e, sim, que seja preparado para
consumo”, aconselha.
E como resistir aos
chocolates?
Saborosos,
porém com alto teor de açúcar, gordura e muitas calorias, o chocolate deve ser
consumido com moderação, para não prejudicar a saúde. A grande maioria é
composta de manteiga de cacau, massa de cacau, sacarose (um tipo de açúcar) e
aromatizantes.
Quando
consumido em quantidade moderada fornece vitaminas, sais minerais e flavonoides
(substâncias antioxidantes, presentes principalmente no chocolate amargo, que
retardam o envelhecimento e contribuem para a redução dos riscos de doenças
cardiovasculares), além de impedir que o mau colesterol (LDL) se acumule no
sangue.
“O chocolate amargo é o mais recomendado. Os benefícios
dependem da quantidade de flavonoides presente no chocolate, o que varia de
acordo com o tipo de produto. Nos chocolates tipo amargo ou preto, com mais de
70% de cacau, as quantidades de flavonoides são maiores. Por isso são os mais
indicados. Lembre-se quando consumido na medida certa, ou seja, 30 gramas ao
dia, os benefícios ultrapassam os malefícios”, aconselha Rosana Perim.
Chocolates
sem exageros:
O
chocolate é um alimento nutritivo e não precisa ser excluído da dieta
alimentar. Porém, também é rico em gorduras e deve ser consumido com moderação.
Ele contém substâncias que estimulam a produção de serotonina, hormônio que
atua no sistema nervoso central, e proporciona a sensação de relaxamento e
prazer. “Além disso, o cacau contém teobromina e flavonoides, que favorecem a
diurese e estimulam o sistema nervoso central e o músculo cardíaco,
contribuindo para o bom funcionamento do coração e prevenindo a hipertensão
arterial”, esclarece.
Mesmo
proporcionando benefícios à saúde, o chocolate deve ser consumido sem exageros.
Não há uma quantidade mínima recomendada, pois o valor calórico depende do tipo
do ovo de Páscoa. O campeão em calorias é o chocolate branco, além dos
chocolates ao leite com oleaginosas, nozes ou castanhas. Em média, 100 gramas
de chocolate têm cerca de 560 calorias. Já o meio amargo é o que conta com
menores índices de caloria: cerca de 475 a cada 100 gramas. “O ideal é observar
a quantidade de cacau, de gordura e açúcares nos rótulos dos ovos de Páscoa”,
finaliza a nutricionista do HCor.
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