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quarta-feira, 28 de março de 2018

Nutricionista do HCor dá dicas para uma Páscoa saudável


Na lista de Páscoa não pode faltar o chocolate e nem o bacalhau, para preparar o menu tradicional de comemoração desta data tão especial; Mas é preciso ter cuidados durante a compra e conservação, e o consumo sem exageros


A Páscoa é um período em que muitas pessoas acabam exagerando na alimentação, com refeições mais calóricas e o consumo exagerado de chocolates. No entanto, é possível preparar receitas deliciosas e saudáveis para comemorar a Páscoa sem excessos. Na lista da Páscoa não pode faltar o chocolate e nem o bacalhau, para preparar o menu tradicional de comemoração desta data tão especial.

Vale a pena aproveitar o período e consumir mais peixes, pois são inúmeros os benefícios à saúde. Segundo a gerente de Nutrição do HCor (Hospital do Coração), Rosana Perim, os peixes possuem proteínas de fácil digestão, e com uma valor nutritivo superior ao das carnes vermelhas. Além disso, são ricos em substâncias que o corpo não produz, como o ômega 3 - um aliado do coração.

O bacalhau, a grande atração do almoço, pode ser desfiado, servido em postas ou em lascas. O cuidado começa no pré-preparo. Um dessalgue correto é o primeiro passo para o sucesso da receita. “É preciso que se tomem alguns cuidados durante o dessalgue do bacalhau, principalmente para os hipertensos. A recomendação é deixar o peixe por mais tempo de molho, e fazer as trocas mais frequentes de água”, recomenda a nutricionista.

Outra dica saudável é preparar o bacalhau regado com muito azeite de oliva, rico em gordura monoinsaturada, a mais benéfica para o coração, e também contém substâncias antioxidantes que impedem a ação dos radicais livres, que provocam a oxidação do colesterol, o acúmulo de placas de gorduras nos vasos sanguíneos e também o envelhecimento das células.

“Para aqueles que não apreciam o bacalhau, mas são amantes de peixes, não faltam boas opções como: pescada, salmão, linguado, sardinha, que são ricos em ômega 3. Por isso, é hora de aproveitar essa tradição e usufruir desses deliciosos e saudáveis alimentos e, principalmente, criar opções de prepará-los e servi-los à mesa de forma impecável”, recomenda Rosana Perim.


Cuidados com a compra e conservação:

Normalmente não há diferença de qualidade entre peixes frescos e congelados, mas alguns cuidados com a conservação e o transporte do alimento devem ser observados pelo consumidor. “Na hora da compra é importante verificar o brilho dos olhos, a cor e o odor do pescado. Sua consistência deve ser firme e a carne não deve afundar ao sofrer a pressão dos dedos. O ideal é adquirir produtos de estabelecimentos certificados pelos órgãos fiscalizadores”, explica.

Quando optar pela compra do pescado congelado, é importante ficar atento para que o produto não descongele durante o seu transporte. “Caso isso aconteça, o ideal é que o peixe não volte para o congelador e, sim, que seja preparado para consumo”, aconselha.


E como resistir aos chocolates?

Saborosos, porém com alto teor de açúcar, gordura e muitas calorias, o chocolate deve ser consumido com moderação, para não prejudicar a saúde. A grande maioria é composta de manteiga de cacau, massa de cacau, sacarose (um tipo de açúcar) e aromatizantes.

Quando consumido em quantidade moderada fornece vitaminas, sais minerais e flavonoides (substâncias antioxidantes, presentes principalmente no chocolate amargo, que retardam o envelhecimento e contribuem para a redução dos riscos de doenças cardiovasculares), além de impedir que o mau colesterol (LDL) se acumule no sangue.

“O chocolate amargo é o mais recomendado. Os benefícios dependem da quantidade de flavonoides presente no chocolate, o que varia de acordo com o tipo de produto. Nos chocolates tipo amargo ou preto, com mais de 70% de cacau, as quantidades de flavonoides são maiores. Por isso são os mais indicados. Lembre-se quando consumido na medida certa, ou seja, 30 gramas ao dia, os benefícios ultrapassam os malefícios”, aconselha Rosana Perim.


Chocolates sem exageros:

O chocolate é um alimento nutritivo e não precisa ser excluído da dieta alimentar. Porém, também é rico em gorduras e deve ser consumido com moderação. Ele contém substâncias que estimulam a produção de serotonina, hormônio que atua no sistema nervoso central, e proporciona a sensação de relaxamento e prazer. “Além disso, o cacau contém teobromina e flavonoides, que favorecem a diurese e estimulam o sistema nervoso central e o músculo cardíaco, contribuindo para o bom funcionamento do coração e prevenindo a hipertensão arterial”, esclarece.

Mesmo proporcionando benefícios à saúde, o chocolate deve ser consumido sem exageros. Não há uma quantidade mínima recomendada, pois o valor calórico depende do tipo do ovo de Páscoa. O campeão em calorias é o chocolate branco, além dos chocolates ao leite com oleaginosas, nozes ou castanhas. Em média, 100 gramas de chocolate têm cerca de 560 calorias. Já o meio amargo é o que conta com menores índices de caloria: cerca de 475 a cada 100 gramas. “O ideal é observar a quantidade de cacau, de gordura e açúcares nos rótulos dos ovos de Páscoa”, finaliza a nutricionista do HCor.


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