Não se iluda, para o recrutador elas são
fáceis de serem descobertas e podem minar as chances dos candidatos na empresa
Se durante o trabalho ser pego na mentira já é constrangedor - e também prejudicial -, imagina durante a entrevista de emprego? Isso pode acabar de vez com as chances de ficar com a vaga ou mesmo de ser chamado em uma oportunidade futura.
A psicóloga e assessora de carreira da Catho, Elen Souza, listou as cinco mentiras mais comuns contadas pelos candidatos em um processo seletivo e mostra como é fácil identificá-las e porque é sempre melhor ser verdadeiro.
1 - Mentir sobre experiências profissionais - Normalmente, ao se sentirem inseguros, profissionais acabam aumentando a descrição e/ou explicação sobre suas atividades desenvolvidas.
Porque não fazer isso - É muito fácil o selecionador descobrir essas informações, seja com o uso da internet para verificar os dados ou até mesmo buscando as referências do profissional ligando na empresa, conversando com o seu antigo gestor ou em redes voltadas ao uso profissional.
Recomendação – No seu currículo, resuma as atividades desenvolvidas em suas experiências, isso já ajuda o recrutador a entender o seu perfil e competências e na hora da entrevista não precisa aumentar ou inflar suas experiências, apenas conte com mais detalhes o que foi inserido no seu CV.
2 - Formação. Muitos profissionais colocam no currículo cursos de especialização que não fizeram ou aumentam a carga horária de cursos pequenos, como se fossem de longa duração. Um curso de duas semanas, por exemplo, vira uma pós-graduação.
Porque não fazer isso - Não caia na tentação de fazer isso, pois é possível verificar junto ao MEC se a informação é verdadeira ou pedir a apresentação de um certificado e descobrir a verdade.
Recomendação – Ao invés de mentir, prefira dizer que ainda não conseguiu investir no determinado curso, mas que está disposto a fazê-lo, caso consiga a oportunidade de trabalho.
3 - Habilidades técnicas – Muitos candidatos acreditam que quanto mais melhor e por isso acabam aumentando seu nível de conhecimento e até mesmo mentindo sobre suas habilidades. É comum, então, falarem que podem executar determinada atividade e não terem realmente experiência no assunto.
Porque não fazer isso – O entrevistador pode submetê-lo a algum tipo de teste prático e pedir que a tarefa seja executada e vai ficar evidente a falta de habilidade
Recomendação – Cite em seu currículo quais habilidades técnicas você possui mais conhecimento. O currículo deve ressaltar sempre o que há de melhor em você, por isso dê relevância para o que domina.
4 – Idioma - Muitas pessoas acabam falando que têm um segundo idioma fluente ou avançado e quando chega no momento da entrevista pode acabar sendo descoberto.
Porque não fazer isso - O entrevistador pode pedir que o candidato responda no idioma que disse dominar, por exemplo, e se esse profissional não tiver o nível que colocou no currículo, o momento pode ser bem constrangedor.
Recomendação – Deixe claro qual seu nível de fluência. Caso ainda não seja avançado/fluente explique que é um ponto que pretende melhorar e investir. Dessa forma o recrutador já perceberá a sua preocupação em evoluir nesse
requisito.
5 – Resultados - Alguns profissionais acabam falando de resultado que não obtiveram, que não são reais ou foram atingidos por outra pessoa da equipe.
Porque não fazer isso - O selecionador pode pedir para descrever em detalhes como o resultado foi alcançado e se, de fato, o profissional não foi o executor, vai ser muito difícil explicar o planejamento através do qual a meta foi atingida.
Recomendação – Antes da entrevista, avalie quais foram os resultados obtidos em sua carreira, talvez eles pareçam pequenos, mas vale a pena contar suas contribuições em outras experiências. O recrutador certamente conseguirá entender a importância de sua contribuição.
Nenhum comentário:
Postar um comentário