O isolamento
social necessário por causa da pandemia do novo coronavírus obrigou escolas no
Brasil e no mundo a se adaptarem. Professores e alunos se viram diante da
necessidade de incluir o uso das tecnologias educacionais no seu cotidiano e
utilização em aulas à distância. Videoconferências, aplicativos, plataformas,
aulas ao vivo, chats e inteligência artificial. O uso dessas ferramentas
abriu espaço para uma nova realidade até então pouco explorada em escala
mundial se considerarmos as inúmeras possibilidades.
Mas o novo
coronavírus não só estabeleceu as regras e tendências na educação, como
escancarou os gargalos que limitam as estratégias e planejamento para
solucionar o problema. O desafio vai de uma ponta à outra: desde a formação de
professores técnica e pedagogicamente aptos para esse novo mundo até a
disponibilidade de recursos disponíveis aos estudantes. Na rede pública,
antes da pandemia, a tecnologia era vista como nice to have
(seria ótimo ter). No chamado “novo normal”, ela se torna
essencial para viabilizar a continuidade do ensino-aprendizagem de crianças,
adolescentes e adultos mundo afora.
No Brasil, especificamente,
as plataformas e novas tecnologias sempre estiveram distante da realidade dos
alunos das instituições das redes públicas de ensino. Com isso, e considerando
que estamos falando milhões de estudantes a nível nacional, é possível destacar
o grande potencial do país para explorar os recursos tecnológicos existentes no
mercado.
Agora, o país
foi colocado à prova e testa, a todo momento, os limites que podem ser
superados. Isso contribui para treiná-lo e prepará-lo para as demandas que
surgirão daqui para frente. Nós ainda vamos questionar, ajustar e analisar os
projetos que serão propostos se quisermos realmente ajudar a população e não
sermos pegos de surpresa, como dessa vez, se outros desafios aparecerem pela
frente. As chamadas edtechs, startups de educação,
precisam acompanhar mais do que nunca esse movimento e oferecerem soluções
práticas que auxiliem o cotidiano. A realidade imposta pela Covid-19 expôs
fragilidades do sistema educacional brasileiro e mundial, mas abre espaço para
uma nova realidade a ser explorada.
George Balbino - vice-presidente da Mangahigh no
Brasil. A plataforma educacional britânica é pioneira na criação de conteúdos
didáticos de matemática e raciocínio lógico por meio de games para crianças e
adolescentes. Alinhando pedagogia e o aprendizado personalizado com o lúdico, a
instituição oferece conteúdos alinhados aos currículos nacionais de países da
América do Norte, América do Sul, Ásia, Europa e Oceania.
Nenhum comentário:
Postar um comentário