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terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Dia Nacional da Mamografia (05/02): mitos e verdades para evitar as fake news


 Não podemos negar que a internet facilitou muito o acesso à informação, mas encontrar um conteúdo de qualidade e verdadeiro é bastante desafiador. E com os aplicativos de mensagens, a informação chega de maneira instantânea e, muitas vezes, trazendo inverdades.  Com a aproximação do Dia da Nacional da Mamografia (5 de fevereiro), para evitar as chamadas fake news (notícias falsas, em tradução livre do inglês), a doutora em oncologia mamária do Grupo SOnHe, Susana Ramalho, reuniu alguns mitos e verdades sobre o exame que auxilia no diagnóstico do câncer de mama, um tumor que se descoberto em estágio inicial tem chances de cura que chegam a 95%. Confira:

Mito: A radiação durante a mamografia pode causar câncer.

Verdade: A mamografia necessita de pouca radiação para ser executada O risco da exposição à esta radiação é baixo e o benefício em muito se superpõe ao risco. Além disso, nunca houve um caso de câncer de mama comprovadamente induzido por radiação da mamografia.

Mito: Mamografia é um exame sem eficácia comprovada.

Verdade: A mamografia é o único exame que, quando realizado rotineiramente pela mulher a partir dos 40 anos, na ausência de quaisquer sintomas nas mamas, diminui o risco de morrer por um câncer de mama. Isso foi comprovado em grandes estudos realizados em mais de 500 mil mulheres, com redução da mortalidade entre 10% e 35% no grupo de mulheres que faziam mamografias regularmente comparado com as mulheres que não faziam. No Brasil, as sociedades médicas recomendam o rastreamento mamográfico anual para as mulheres entre 40 a 75 anos.

Mito: O autoexame é suficiente para detectar um câncer de mama.

Verdade: O autoexame só detecta um câncer de mama quando a doença está em uma fase adiantada, geralmente maior que 1-2 cm, enquanto exames de rastreamento detectam tumores em mulheres assintomáticas, nas quais a chance de cura é significativamente maior. Não há nenhum estudo que comprove que o autoexame pode substituir a mamografia, não devendo ser adotado como método de rastreamento.

Mito: É necessário rastreamento para câncer de mama em mulheres antes dos 40 anos.

Verdade: Exames de rastreamento rotineiros não são recomendados para mulheres com menos de 40 anos, já que o risco é considerado baixo. Além disso a mamografia é menos efetiva em mulheres jovens pelo fato do tecido mamário ser mais denso, o que diminui a capacidade do exame detectar anormalidades

Mito: Todos os cânceres de mama podem ser detectados na mamografia.

Verdade: Nenhum teste de rastreamento é perfeito e a mamografia não é exceção. Fatores como a densidade mamária e a idade influenciam a efetividade da mamografia, dificultando a detecção dos tumores. O rastreamento mamográfico tende a ser menos efetivo em mulheres mais jovens por possuírem mamas mais densas. Em torno de 25% dos cânceres de mama em mulheres entre 40 a 49 anos não são detectados pela mamografia e em torno de 10% não são detectados pela mamografia na faixa etária após 50 anos.

Mito: Não se pode realizar mamografia se tem implante mamário.

Verdade: Mulheres com próteses mamárias podem e devem fazer mamografias rotineiramente, sem risco de diminuição na sensibilidade do exame ou risco de rompimento ou deslocamento da prótese mamária.





Susana Ramalho - oncologista do Grupo SOnHe, com foco de atuação em tumores femininos, é especialista em oncologia clínica pela Associação Médica Brasileira e Sociedade Brasileira de Oncologia. É doutora em Oncologia Mamária e em Oncologia Ginecológica pelo CAISM/Unicamp. Susana também é preceptora dos residentes de oncologia clínica do CAISM/Unicamp.


Grupo SOnHe - Sasse Oncologia e Hematologia
Redes Sociais @gruposonhe.


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