Vídeo lançado no próximo dia 5 de dezembro traz
memórias de pais e filhos separados
pela política de combate à hanseníase
A
Defensoria Pública da União (DPU) lança, na próxima quinta-feira, 5 de
dezembro, na 324º Reunião do Conselho Nacional de Saúde (CNS), o vídeo “Infância
Roubada – Memórias de filhos separados dos pais atingidos pela hanseníase”.
Produzida com o apoio do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas Pela
Hanseníase (Morhan), a peça audiovisual faz um retrato das consequências da
política pública de combate à doença em vigor até meados dos anos 1980, que
forçou a separação de famílias inteiras.
Para
contar essa história, a equipe da DPU visitou a antiga Colônia Santa Isabel, em
Betim (MG), e arredores, a fim de resgatar as memórias dos filhos dos ex-internos.
A colônia é apenas um dos vários centros de internação compulsória que se
espalharam pelo Brasil entre 1923 e 1986.
A política
oficial da época não respeitou as famílias de pessoas internadas forçadamente.
As crianças que nasciam dentro das colônias eram imediatamente separadas de
suas mães e seguiam destinos não autorizados e muitas vezes desconhecidos por
seus pais biológicos. Além disso, há relatos de que os descendentes de internos
das colônias sofreram diversos tipos de abuso, tendo sido ainda vítimas de
adoções irregulares.
Reparação
Mesmo após
o fim da política de segregação, nunca houve por parte do Estado brasileiro
qualquer reparação que visasse a melhorar a qualidade de vida dos milhares de
“filhos separados”. Embora o país já tenha reconhecido os danos causados às
pessoas internadas compulsoriamente, seus filhos permanecem sem qualquer
amparo.
Em defesa
deles, a Defensoria Pública da União propôs ação civil pública (ACP
69995-68.2015.4.01.3700 - 6ª Vara Federal/SJMA) para pedir, entre outras
coisas, que a União implemente política voltada à identificação e manutenção de
acervos documentais de educandários, creches, orfanatos, asilos, preventórios e
hospitais destinados à recepção e manutenção de crianças separadas
compulsoriamente de seus pais. Pede também que seja elaborada política de
atenção à saúde física e mental dessas pessoas, de forma a minorar as
consequências do rompimento de vínculos familiares, e a criação de um sistema
nacional para cruzamento de dados dos filhos e pais separados, a fim de
permitir a reunião daqueles que tiveram laços familiares rompidos. A ação corre
na 6ª Vara Federal do Maranhão.
Serviço
Lançamento
do vídeo “Infância Roubada – Memórias de filhos separados dos pais atingidos
pela hanseníase”
Data: 5 de dezembro de 2019
Horário: 18h30
Local: Conselho Nacional de Saúde, Plenário Omilton Visconde. Ministério da Saúde, Esplanada dos Ministérios, Bloco G, Anexo B, 1º andar, Brasília/DF
Data: 5 de dezembro de 2019
Horário: 18h30
Local: Conselho Nacional de Saúde, Plenário Omilton Visconde. Ministério da Saúde, Esplanada dos Ministérios, Bloco G, Anexo B, 1º andar, Brasília/DF
Nenhum comentário:
Postar um comentário