Organização Mundial da Saúde
(OMS) estima que 40% milhões de pessoas precisem deste tipo de tratamento no
mundo, que é considerado direito humano
“O foco do tratamento passa a ser o doente e
não mais sua doença. A preocupação é controlar os sintomas que possam
causar desconforto no paciente, proporcionando a ele melhora na qualidade de
vida e um processo de terminalidade digno, do ponto de vista físico, emocional,
social e espiritual, estendendo ainda o olhar sobre a família e cuidadores”,
conforme explica a médica paliativista Ana Rosa Humia, coordenadora do programa
de Cuidados Paliativos da S.O.S. Vida.
Embora as primeiras iniciativas sobre Cuidados
Paliativos no Brasil sejam dos anos 70, somente nos últimos 10 anos a prática
começou a ganhar maior espaço nas instituições de saúde. Atualmente, a OMS
estima que cerca de 40 milhões de pessoas precisam deste tipo de tratamento em
todo o mundo, mas apenas 14% delas recebem essa assistência, seja nos hospitais
ou na Atenção Domiciliar (Home Care).
Acolhimento - Estudos apontam que cerca de 70% das pessoas com doenças graves e sem
possibilidade de cura preferem morrer em casa, ao lado de familiares, em vez
dos ambientes das UTI´s. Mas para isso, às vezes, é preciso que o
paciente seja assistido por um serviço de Home Care, que oferece o suporte
profissional e medicamentoso. O paciente tem mais empoderamento no seu lar, já
que pode controlar junto com a família as decisões sobre como será a sua
assistência.
“Existem muitos mitos em torno da morte.
Também percebemos uma ‘institucionalização da morte’, onde tornou-se comum
permanecer até os últimos momentos de vida dentro de um hospital. Contudo, o
paciente dá uma outra resposta ao tratamento quando está em casa ao lado dos
familiares, escutando as vozes das pessoas, sentindo o cheiro da comida que vem
da cozinha, reconhecendo as rotinas do seu lar”, acrescenta a médica
paliativista.
Além de tratar os sintomas físicos, o Cuidado
Paliativo também é realizado do ponto de vista emocional, garantindo ainda um
olhar sobre a família e cuidadores. Para isso, a assistência é fornecida por
uma equipe multidisciplinar formada por médicos, enfermeiros, psicólogos,
assistente social e alguns casos outros profissionais como fonoaudiólogo e
fisioterapeuta.
"Essa é a equipe base que irá trabalhar
tendo em mente o conforto da dor total, que inclui a física, social, emocional
e espiritual. Tanto do paciente quanto dos seus familiares, que também são
impactados pelo processo de adoecimento. Fornecemos o suporte para que
eles lidem com o sofrimento e que entendam que a morte é um processo natural da
vida", ressalta psicóloga da S.O.S. Vida Cláudia Cruz, também especialista
em Cuidados Paliativos. Os profissionais de psicologia fazem o acolhimento e
escuta do paciente e seus familiares, estimulando que eles avaliem a condição e
reflitam sobre possíveis conflitos e como querem passar por esse momento.
Iniciado em 2010, o programa de Cuidados Paliativos
da S.O.S. Vida conquistou em outubro desse ano, o certificado de distinção da
Joint Commission Internacional (JCI), sendo a única empresa de Home Care da
América Latina a receber esse reconhecimento. Considerada uma das mais
rigorosas instituições certificadoras na área da saúde em todo mundo, a
certificação da JCI atesta que o programa oferece um nível de excelência de
atendimento seguindo padrões internacionais.
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