88% das pessoas afirmam que o score
pode contribuir para o acesso ao crédito dos brasileiros. É o que mostra uma
pesquisa inédita da Serasa Experian com mais de 1.500 consumidores de todo o
país que já ouviram falar sobre o modelo estatístico, que auxilia na tomada de
decisão para a concessão de crédito. O levantamento apontou ainda que 91,7% dos
entrevistados têm a consciência que a educação financeira é um importante
caminho para melhorar a pontuação.
“O score reflete o comportamento e
hábitos da vida financeira da população, ou seja, quem tem uma boa pontuação é
visto pelo mercado como um consumidor apto a receber melhores ofertas e
condições na hora de fazer um financiamento. E o Cadastro Positivo deve
intensificar esse processo. É importante que o score seja cada vez mais visto
pelos brasileiros como uma ferramenta de empoderamento econômico”, diz o
diretor de Analytics e cientista de dados da Serasa Experian, Julio
Guedes.
Quais
são os principais motivos para consultar o score
A pesquisa mostrou que 72,4% dos
entrevistados que já verificaram seu score, a maioria (52,6%), costuma fazer a
consulta pelo menos uma vez por mês. Os motivos mais citados são para
acompanhar a pontuação ou por curiosidade, antes de realizar uma compra ou
empréstimo e antes de solicitar um cartão de crédito. O quarto motivo (25,3%)
da consulta é após o consumidor ter tido um crédito negado.
A região Nordeste foi a que mais
apontou a dificuldade em obter crédito como motivo para consulta, com 27,6% das
respostas. Na sequência aparecem as regiões Norte e Centro-oeste, com a opção
sendo apontada por 26,2% dos entrevistados; Sul (24,0%) e Sudeste (23,7%). Nas
outras opções apresentadas na questão, o destaque se dá entre os nordestinos,
os que mais afirmam ter consultado o score antes de solicitar um cartão de
crédito (32,7%), enquanto os demais ficaram abaixo da média nacional – Sul
(19,5%), Sudeste (24,2%) e Norte e Centro-oeste (22,7%).
“Estamos percebendo que cada vez mais
a consulta do score tem se tornado um hábito na vida dos brasileiros e isso é
extremamente positivo, mas ainda precisamos aumentar essa prática
principalmente dentro desta parcela que busca as informações depois de
enfrentar um impedimento financeiro. Se o consumidor for buscar um crédito
maior, como o financiamento de um imóvel ou carro, por exemplo, o mais saudável
a se fazer é se preparar previamente, com planejamento financeiro para evitar o
impedimento na solicitação ou inadimplência no futuro”, ressalta Guedes.
Dentro o percentual que afirmou
pesquisar o score após ter o crédito negado, os motivos mais citados foram:
dívidas pendentes (50%), o próprio score (48,6%) e renda (20,2%). Entre estes
respondentes, apenas quem afirma que a negativação ocorreu por causa da renda
tenta entender o motivo de não conseguir acessar o crédito. Essas pessoas
procuram a empresa que consultou a pontuação ou a empresa que negou o crédito
para solucionar a questão. Os demais dizem não procurar ninguém, na maioria das
vezes.
São os homens os que mais afirmam que
a negativa ocorreu por conta do score, motivo indicado por 55,7% dos
respondentes. Já as mulheres acreditam que a principal razão são as dívidas
pendentes (50,9%). Elas também sinalizam a renda mais do que eles – 21,1% ante
19,1% das respostas masculinas.
Segundo o economista da Serasa
Experian, Luiz Rabi, evitar entender e solucionar o problema que causou a
recusa por crédito não é a melhor atitude. Para ele, essa situação deveria ser
encarada como alerta e oportunidade para o consumidor resolver sua situação
financeira. “Aqueles que possuem dívidas negativadas, um dos motivos de grande
impacto no score, podem aproveitar as recentes quedas nas taxas de juros, o
momento propício de feirões de renegociação e até o décimo terceiro, se estiver
no mercado de trabalho formal, para saldar as dívidas e consequentemente
aumentar o score antes de buscar um novo crédito”, diz.
Para aqueles que apontaram a renda
como motivo, o Cadastro Positivo representa um importante benefício, de acordo
com o economista. “Isso porque este novo sistema permite ao mercado enxergar
todo o histórico e o comprometimento da renda, então, no caso de um consumidor
de baixa renda, mas que tem capacidade para assumir um novo empréstimo e mantém
bons hábitos de pagamento, com o Cadastro Positivo, aumentam as chances de ele
conseguir crédito”, afirma. Segundo estudo da Serasa Experian, o novo sistema
pode incluir 22 milhões de brasileiros que hoje estão
fora do mercado de crédito, apesar de possuírem histórico favorável de
adimplência.
Quase 94% dos entrevistados acreditam
que o Cadastro Positivo irá aumentar o score
A pesquisa também questionou os
participantes sobre o Cadastro Positivo. Aproximadamente 80% dos que afirmaram
já ter consultado o score conhecem o sistema, sendo que 93,7% dizem acreditar
que a pontuação será impactada positivamente pela inclusão das novas
informações de adimplência. Apenas 2,7% não apostam no aumento da nota com o
Cadastro Positivo, mesmo número de pessoas que dizem que a influência é
indiferente – 0,9% responderam que não sabem.
“Os dados são a matéria-prima dos
analistas, que agora poderão trabalhar com um cenário muito mais rico. Com
muito mais informações disponíveis, os fatores que costumam ser considerados na
formação do score ganham reforço, com variáveis que devem incluir os hábitos de
pagamento dos clientes e outros detalhes como pontualidade, gastos mais
frequentes, quanto da renda está comprometida, entre outras”, conclui Guedes.
Metodologia
A
pesquisa nacional foi realizada em outubro de 2019 com 1.595 consumidores que
já ouviram falar sobre o score de crédito.
Serasa Experian
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