A pesquisa revela que as taxas no Brasil melhoraram gradativamente, mas ainda estão longe das registradas nos países mais desenvolvidos
A expectativa de vida ao nascer no
Brasil subiu para 76,3 anos em 2018, segundo informou nesta quinta-feira (28) o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE. O resultado é baseado
em informações sobre a média de idade em que as pessoas morreram no ano
anterior, no país.
Para os brasileiros que nasceram em
1940, por exemplo, a expectativa de vida era apenas de 45 anos e meio. Ou seja,
quase 31 anos a menos do que agora. De acordo com o pesquisador do IBGE Márcio
Minamiguchi, uma série de fatores contribuiu para que esse período aumentasse
tanto de lá para cá.
“O Brasil é outro de 1940 em relação
à atualidade. Era um país majoritariamente rural, com a população ainda, na
maior parte, analfabeta, com pouco acesso tanto a medicamentos quanto ao acesso
à saúde, de modo geral. O maior conhecimento a respeito de saúde e doença
contribuiu bastante para que os níveis de mortalidade diminuíssem”, conta.
O levantamento mostra, ainda, que,
para ambos os sexos a maior expectativa de vida ao nascer foi observada em
Santa Catarina: 79,7 anos. Outros estados com valores elevados, acima dos 78
anos, são o Espírito Santo, São Paulo, Distrito Federal e Rio Grande do Sul.
No outro extremo está o Maranhão, com
a expectativa um pouco acima de 71 anos, e o Piauí, em 71,4 anos. Ou seja, uma
criança nascida no estado maranhense, conforme a taxa de mortalidade observada
em 2018, viveria, em média, 8,6 anos a menos que uma criança nascida em Santa
Catarina.
A pesquisa revela que as taxas no
Brasil melhoraram gradativamente, mas ainda estão longe das registradas nos
países mais desenvolvidos, mesmo nos estados do Espírito Santo, Paraná, Santa
Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo, com índices abaixo de 10 por mil.
Japão e Finlândia, por exemplo, tem taxas abaixo de 2 por mil.
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