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sábado, 30 de novembro de 2019

Dezembro Laranja contra o câncer de pele


Dra. Juliana Chieppe, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica, destaca como identificar e prevenir a doença.


Tipo de câncer mais comum entre os brasileiros, o câncer de pele acomete cerca de 30% dos casos de tumores malignos no país, segundo o instituto Nacional do Câncer (INCA). Com aproximadamente 176 mil casos identificados por ano, o avanço da doença teve uma pequena redução entre 2018 e 2019, atingindo a marca de 165 mil casos catalogados.

Embora ainda pequena, essa mudança é resultado de uma série de ações que buscam conscientizar a população sobre a doença, a exemplo, do Dezembro Laranja, iniciativa criada em 2014 pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que em 2019 completa 5 anos de luta na prevenção e no diagnóstico do tumor.

Este ano a campanha ganha destaque no dia 7 de dezembro, quando 130 postos realizarão exames gratuitos. “É importante alertar para o diagnóstico e tratamento precoces, pois isso aumenta as chances de cura na maioria dos casos”, alerta a dermatologista Juliana Chieppe, membro da SBD.

“A melhor forma de evitar a doença é a prevenção. Além das medidas fotoprotetoras, como o uso do protetor solar, chapéus, óculos de sol e roupas com proteção UV, é importante ir ao dermatologista examinar pintas e sinais uma vez por ano”, recomenda a profissional.


Tipos de pele

Sobre a parcela da sociedade mais afetada pela doença, a Dra. Juliana aponta que há um predomínio nos casos relacionados ao sexo masculino, com idade avançada – acima dos 60 anos, e de pele muito clara. Em contrapartida, há um tipo específico de melanoma (acral, relacionado às extremidades), que é mais comum em pacientes negros.

“Os tipos mais comuns de câncer de pele são o carcinoma basocelular e o espinocelular; ambos apresentam altos percentuais de cura. Já o melanoma é o mais agressivo e potencialmente fatal. No entanto, quando descoberto no início, tem mais de 90% de chance de cura”, explica a profissional, que é sócia da clínica de dermatologia Sá e Chieppe, onde realiza seus atendimentos.


Mitos e verdades

Quando se trata de mitos referente à doença, Dra. Juliana ainda recomenda se atentar às crenças populares sobre o câncer de pele, que nem sempre refletem a realidade. “As pessoas creem que só se expor ao sol já é o suficiente para adquirir câncer. Realmente, as áreas mais afetadas são as mais expostas à luz solar, mas outras áreas como pés, entre os dedos, unhas, boca, vulva, ânus, vagina e pênis também podem ser afetadas pela neoplasia de pele”, destaca.

Outras pessoas acreditam que qualquer mancha que aparece na pele é automaticamente câncer, mas nem toda pinta escura é perigosa. Há também quem diga que a doença só surge a partir de um sinal, sendo que o carcinoma basocelular, tipo câncer de pele mais comum, por exemplo, não surge de sinais prévios”, complementa a Dra.

“O carcinoma basocelular não dá metástases, enquanto o espinocelular e o melanoma realmente podem se espalhar para outros órgãos, mas uma rotina regrada com um dermatologista pode facilmente indicar a doença e tratá-la com antecedência. A melhor forma de evitar a doença é a prevenção, nós conhecemos a origem da doença - que é a exposição excessiva ao sol - por isso, a conscientização é tão necessária”, finaliza.





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