No Brasil, de acordo com a Organização Mundial da
Saúde (OMS), sete milhões de mulheres sofrem com a enfermidade, sendo que
muitas ainda possuem dúvidas sobre o tratamento
Estima-se que uma a cada dez
mulheres no mundo todo sofre com a endometriose. Os sintomas mais comuns
são irregularidades menstruais, dores abdominais, dores durante o ato sexual e
até dor para urinar e sangramento na urina. No Brasil, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS), sete milhões de mulheres sofrem com a
enfermidade. A endometriose é um distúrbio em que o tecido que reveste o útero
cresce fora dele. O tecido pode estar presente nos ovários, nas tubas uterinas
ou no intestino.
“Não existe ainda algo que explique o real motivo pelo qual
algumas mulheres sofrem com esse problema, a tese mais discutida é a
“menstruação retrógada”, que é quando o endométrio se solta das parede
uterinas, e não liberado por completo durante a menstruação, e sobe pelas
trompas”, explica o
diretor clínico do Laboratório Rocha Lima, David Pares. Por conta
disso, as células do endométrio vão para outras partes do organismo e se
reproduzem, causando assim a endometriose.
O distúrbio atinge as mulheres na fase reprodutiva, e pode
ser desenvolvida tanto entre a primeira menstruação como na menopausa. “O
problema é que algumas mulheres acabam não procurando um especialista por achar
que é algo normal menstruar com dor, e muitos médicos também ignoram as queixas
de cólicas das pacientes, o que atrasa o diagnóstico”, explica Pares. Como
a doença afeta partes do sistema reprodutor, as mulheres acabam tendo
dificuldades para engravidar.
Existem diversos exames complementares que são fundamentais
para o diagnóstico da doença como a ultrassonografia e a ressonância magnética.
Muitas mulheres costumam ter dúvidas na hora de escolher o exame mais indicado.
“Por conta do baixo custo e da facilidade, a ultrassonografia com preparo
deve ser o primeiro exame solicitado. Além disso, na ultrassonografia é feito
um preparo intestinal que possibilita uma melhor visualização das estruturas e
um diagnóstico mais preciso”, diz o diretor clínico.
Além disso, os ovários e o peritônio pélvico são os locais
que apresentam maior frequência de tecido endometrial ectópico. Portanto, a
ressonância magnética deve ser feita em casos mais específicos, pois o
custo-benefício da ultrassonografia com preparo é maior e por ele ser um método
efetivo na detecção da endometriose.
Dr. David Pares - Diretor clínico possui mestrado em Medicina
(Obstetrícia) pela Universidade Federal de São Paulo (1987), e doutorado em
Medicina (Obstetrícia) pela mesma Universidade. Foi Chefe da Medicina Fetal no
Laboratório Fleury e proprietário do Lego Laboratório, precursor do atendimento
especializado na saúde da mulher. Atualmente é professor adjunto e Chefe do
Departamento de Obstetrícia, da Escola Paulista de Medicina da Universidade
Federal de São Paulo.
Rocha Lima
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