Um quinto dos eleitores com até nove anos de
estudo escolhem o candidato que irá ganhar
Quanto
menos anos de estudo e menor a classe social do eleitor, maior a disposição de
votar no candidato com mais chances de vencer, mostra pesquisa Ipsos. De acordo
com dados do EGM Multimídia (Estudo Geral de Meios), a ideia de voto útil, em
que o eleitor faz sua escolha para não desperdiçar seu voto, é adotada por de
19% daqueles com até nove anos de estudo, ante 9% de adesão entre aqueles com
superior completo.
De
acordo com dados do EGM Multimídia (Estudo Geral de Meios), a ideia de voto
útil, em que o eleitor faz sua escolha para não desperdiçar seu voto, é adotada
por de 19% daqueles com até nove anos de estudo, ante 9% de adesão entre
aqueles com superior completo. A mesma dinâmica é vista na análise por classe
social. Entre os pesquisados das classes C e D, a taxa de concordância com a
frase “Eu voto no candidato que vai ganhar para aproveitar meu voto” é de 18%,
contra 12% entre as classes A e B.
Os
dados fazem parte de levantamento do Estudo Geral de Meios (EGM), realizado
pela Ipsos com 31.096 entrevistas presenciais com homens e mulheres acima de 18
anos em nove regiões metropolitanas entre julho de 2015 e junho deste ano. As
regiões monitoradas foram São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba,
Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza. A margem de erro é
0,56% para mais ou para menos.
Na
análise por faixa etária, os mais velhos são mais inclinados a fazer uso do
voto tático, com 16% de concordância daqueles com mais de 45 anos, ante somente
14% entre aqueles de 18 a 24 anos. Na média das nove regiões metropolitanas,
15% dos entrevistados afirmam votar no candidato com mais chances de ganhar.
“O
voto de uma pessoa deveria representar identificação ou pelo menos concordância
ideológica com o candidato. O voto tático se dá em situações onde a opinião
funcional é mais importante que a convicção”, explica Diego Pagura, diretor de
negócios da Ipsos Connect, responsável pelo EGM. “O estudo do EGM Multimídia
reflete bem este comportamento e segmenta os diferentes perfis. Os candidatos
precisam estudar em profundidade o perfil dos seus eleitores para saber lidar
com o voto tático, seja a favor ou contra si”, complementa o executivo.
Salvador:
maior adesão ao voto tático
Salvador
é a região metropolitana que mais concentra eleitores dispostos a utilizar seu
voto de maneira tática, seguida por Fortaleza e Recife. De acordo com dados do
EGM, 23% dos eleitores da capital baiana adotam o voto útil; os índices em
Fortaleza e Recife são 18% e 17% respectivamente. Já Porto Alegre é onde a
ideia de voto útil tem menor concordância, com 11% de adesão entre os
pesquisados. Atrás de Porto Alegre, estão Belo Horizonte (12%) e Curitiba
(13%).
Ipsos
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