– No mundo, apenas 8% das pessoas sabem os
valores de colesterol LDL, o “colesterol ruim”, registrados em seus exames –
As
doenças cardiovasculares são a primeira causa de óbitos no Brasil – e também no
mundo –, levando a uma morte a cada 40 segundos no país1. Isto
significa que, até que se termine de ler este parágrafo, um brasileiro terá
morrido por problemas circulatórios ou do coração. Metade destas mortes, no
entanto, poderia ter sido evitada caso o colesterol LDL dos pacientes fosse
controlado2.
Uma
pesquisa internacional3 mostra que apenas 8% das pessoas sabem os
valores de colesterol LDL registrados em seus exames recentes. O levantamento
aponta que, no geral, a população entende que o colesterol é um fator de risco
importante para doenças cardiovasculares, mas, ainda assim, possui uma visão
deturpada sobre a real importância do problema.
A
grande maioria dos entrevistados (72%), por exemplo, acredita que estar acima
do peso afeta a saúde coronariana muito mais que o colesterol. O mesmo acontece
quando se fala em pressão sanguínea (70%) e tabagismo (67%). Além disso, são
poucos os que tomam atitudes em relação ao tema, como procurar orientação
médica em busca de mais conhecimento.
Quando
o assunto são doenças graves em geral, 45% dos que responderam à pesquisa
referem que sua maior preocupação em relação a doenças é relativa ao câncer,
enquanto 27% temem a demência e apenas 27% se preocupam com doenças do coração,
o que aponta uma discrepância com a realidade dos fatos. Por exemplo, 50% dos
pacientes com hipercolesterolemia familiar sofrerão um infarto antes dos 50
anos de idade caso não mantenham as taxas de LDL dentro da meta5.
Uma
nova solução para o controle do colesterol
Para
atender às pessoas que continuam fora da meta de LDL mesmo com o uso de
estatinas – fármacos que inibem a HMG-CoA redutase, enzima responsável pela
formação de colesterol no fígado -, a Sanofi desenvolveu, em parceria com a
Regeneron, o alirocumabe, um medicamento biológico indicado para a redução do
colesterol LDL.
O
medicamento chega diante de um panorama em que 80% das pessoas no Brasil estão
fora da meta de colesterol4. O alirocumabe significa uma inovação
para o tratamento do colesterol alto após 30 anos do surgimento das estatinas,
principalmente para pessoas com hipercolesterolemia primária, seja
heterozigótica familiar (quadro genético que afeta 800 mil brasileiros e que é
caracterizado por níveis muito elevados de colesterol LDL e alto risco cardiovascular4)
ou não familiar, bem como aqueles pacientes com intolerância às estatinas.
“O
alirocumabe foi desenvolvido com modernas técnicas de engenharia genética e
proporcionará tratamento eficiente ao paciente com colesterol alto, incapaz de
atingir sua meta exclusivamente com as estatinas”, explica a cardiologista
Luciana Giangrande, diretora médica da Sanofi no Brasil.
Alirocumabe
é um anticorpo monoclonal que pertence a uma nova classe de medicamentos, os
inibidores da PCSK9. A PCSK9 (pró-proteína convertase subtilisina/quexina tipo
9) é uma proteína presente no sangue que provoca a redução do número de
receptores de colesterol LDL (LDL-C) nas células do fígado, aumentando dessa
forma o LDL-C na circulação. Por ser um anticorpo monoclonal, alirocumabe
identifica e inibe a PCSK9 de forma específica. A redução da PCSK9 circulante
no sangue leva à multiplicação dos receptores de LDL nas células do fígado,
aumentando, assim, a remoção do LDL-C da corrente sanguínea.
Trata-se de um medicamento injetável,
com administração subcutânea por meio de caneta aplicadora, cujo uso soma-se às
estatinas e à dieta para um tratamento de controle do colesterol LDL. “Nos
estudos clínicos do programa ODYSSEY, alirocumabe reduziu o colesterol LDL em
cerca de 60%, em comparação com o tratamento padrão com estatinas”, destaca
Luciana Giangrande.
Colesterol, hipercolesterolemia e doenças cardiovasculares em números
- O colesterol LDL elevado é um importante fator de risco para doenças cardiovasculares6.
- Estimativas da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) indicam 346.896 mortes por doenças cardiovasculares em 2015 no Brasil.1
- Ainda segundo dados da SBC, de 2004 a 2013, as doenças cardiovasculares foram responsáveis por cerca de 3 milhões de óbitos, o que equivale a 29% do total e a uma morte a cada 40 segundos.1
- De 14 a 34 milhões de pessoas têm hipercolesterolemia familiar (HF) em todo o mundo.7
Referências bibliográficas
Site Cardiômetro, da
Sociedade Brasileira de Cardiologia; acesso em 29 de julho de 2016; http://www.cardiometro.com.br
Salim Yusuf et al.
Effect of potencially modifiable risk factors associated with myocardial
infarction in 52 countries (the INTERHEART study). Lancet 2004
Catapano
AL, et al. Think Again About Cholesterol Survey. Atherosclerosis Suppl 2015; 20: 1-5.
Pesquisa internacional conduzida online por Harris Poll a pedido da EAS e
patrocinada pela Sanofi, em parceria com a Regeneron Pharmaceuticals, Inc.
sobre a compreensão do público em geral a respeito do colesterol. Um total de
12.142 adultos, com idades a partir de 25 anos, responderam perguntas entre 25
de agosto e 9 de setembro de 2015 nos seguintes países: Bélgica, Dinamarca,
Finlândia, França, Alemanha, Itália, Japão, Holanda, Noruega, Espanha, Suécia e
Reino Unido
Site http://www.abc.med.br
acessado em 1/8/2016
Marks D, Thorogood
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Athersclerosis 2003; 168:1-14
Vogel R. PCSK9
Inhibition The Next Statin. Journal of the American College of Cardiology.
2012; 59(25): 2354-2355
Nordestgaard B G et
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general population: guidance for clinicians to prevent coronary heart disease. DOI: http://dx.doi.org/10.1093/eurheartj/eht273
eht273 Primeira publicação online em 15 de agosto de 2013
Sanofi
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