Médico do Hospital São
Luiz destaca a importância de controlar os fatores de risco
Na próxima quinta-feira, 29, é comemorado o Dia
Mundial do Coração, data que tem como objetivo chamar atenção aos cuidados do
órgão considerado mais importante para a vida: o coração. Segundo dados do
Ministério da Saúde, o infarto é a principal causa de morte no Brasil,
correspondendo a 33% da totalidade.
Ele ocorre quando as artérias responsáveis por
levar sangue, oxigênio e nutrientes ao coração ficam obstruídas. A partir do
impedimento, inicia-se o processo de necrose do músculo do coração (miocárdio),
o qual passa a não ter um funcionamento adequado, comprometendo o desempenho cardíaco,
tornando maior o risco de morte, arritmias cardíacas e outras complicações.
Para evitar um novo infarto, as pessoas devem
levar em consideração os chamados fatores de risco, que são classificados como
modificáveis e não modificáveis, e podem elevar as chances de um novo
acontecimento. Os modificáveis são a hipertensão, diabetes, obesidade,
sedentarismo, tabagismo e colesterol elevado, e podem ser alterados com
atividade física, mudanças de hábitos ou medicamentos. Já os não modificáveis
são o avanço da idade e os fatores genéticos, que não podem sofrer
interferência.
Quem já sofreu infarto costuma ficar assustado e
com medo de acontecer novamente. Muitos ficam preocupados, pois acreditam que
não poderão voltar às atividades normais, como praticar esportes ou ter vida
sexual ativa. O ideal é que todos os pacientes que sofreram infarto voltem à
vida normal, sempre com atenção as indicações médicas, mas não é o que acontece
normalmente. “Uma minoria de pacientes mudam o estilo de vida a ponto de diminuir
o peso dos fatores modificáveis. Eles normalmente não tomam corretamente os
remédios, não conseguem parar de fumar, não perdem peso ou não conseguem fazer
atividades físicas”, explica o cardiologista Dr. André Feldman, da Cardio D’Or
São Luiz Anália Franco.
Segundo o cardiologista, 95% dos infartos estão
ligados a algum dos fatores de risco e quanto mais condições associadas maiores
são as chances de um novo infarto. “Todos os riscos devem ser controlados.
Contudo, o que acontece normalmente é que os pacientes tem dificuldades em
manter os indicadores ou não consegue fazer isso a longo prazo e acabam
limitando os cuidados apenas aos próximos seis meses a um ano após o ocorrido”,
observa.
Os cuidados pós envolvem atividade física, que
ajuda no controle de peso, colesterol e até no aspecto psicológico. Em alguns
casos, é recomendado ingestão de alimentos saudáveis, que evitam o surgimento
das placas de gordura responsáveis pelo infarto.
Cardio D’Or Anália Franco
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