Oftalmologista consultado
pela Allergan esclarece as principais dúvidas sobre a doença que acomete cerca
de 1 milhão de brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG)
Uma
das maiores causas de cegueira irreversível no mundo, o glaucoma é uma doença
assintomática e, muitas vezes, apenas em estágios mais avançados, o paciente
apresenta sintomatologia. Para entender um pouco mais sobre isso, o Prof. Dr.
Remo Susanna Jr, Prof. Titular de Oftalmologia da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (USP), preparou uma lista com os principais mitos e
verdades a respeito do glaucoma.
Entre
os fatores mais comuns que favorecem o desenvolvimento do glaucoma, fatores
estes chamados de fatores de risco, estão a hereditariedade e o aumento da
pressão intraocular. O acompanhamento periódico com o oftalmologista é
essencial, pois somente ele será capaz de diagnosticar e indicar o melhor
tratamento para controlar o glaucoma, impedindo assim a sua evolução.
Confira
abaixo a lista completa e tire as suas dúvidas:
O
paciente percebe os sintomas
Mito.
Na maioria dos casos o glaucoma de ângulo aberto, a forma mais comum de
glaucoma, desenvolve-se lentamente, no decorrer de anos, sem ocasionar nenhum
sintoma.
Crianças
podem ter glaucoma
Verdade.
As
crianças podem ter o chamado glaucoma congênito ou glaucoma infantil ou de
desenvolvimento. Ambos são raros e podem se instalar após o nascimento ou até
mesmo intraútero. As manifestações clínicas aparecem geralmente no decorrer do
primeiro ano de vida e se caracterizam pelo globo ocular aumentado, alterações
na transparência da córnea, que fica branco-azulada, lacrimejamento e
fotofobia. Não necessariamente estão presentes todos estes sinais
Antecedente
familiar é um dos fatores para o desenvolvimento da doença
Verdade.
Ninguém sabe ao certo o que causa o glaucoma, mas os maiores fatores de risco
são: histórico familiar, pressão do olho elevada, idade avançada (pessoas com
mais de 60 anos), alto grau de miopia, tratamento contínuo com esteroides e
descendência africana.
O
glaucoma pode deixar a pessoa cega
Verdade.
A doença provoca lesões no nervo óptico e, consequentemente, leva à perda
gradativa da visão uma vez que o nervo óptico é o local do nosso olho responsável
pela comunicação entre o olho e o cérebro. É a causa mais frequente de cegueira
irreversível no mundo. Alguns estudos americanos mostram que mesmo tratados 15%
do pacientes ficam cegos por fatores variados como o não tratamento adequado e
a não utilização correta das instruções médicas pelo paciente. A lesão
glaucomatosa do nervo ótico é irreversível. O tratamento visa evitar a
progressão da doença
A
cegueira causada pelo glaucoma é reversível
Mito.
A lesão glaucomatosa é irreversível.
É
possível prevenir o glaucoma
Mito.
Não há como prevenir o glaucoma, porém pode-se evitar a perda da visão com
diagnóstico precoce e tratamento adequado. Visitas de rotinas ao oftalmologista
são as melhores formas de evitar que o glaucoma passe despercebido. Um exame
completo inclui a medição da pressão intraocular e avaliação tanto do ângulo do
olho (sistema de drenagem do olho) quanto do nervo óptico. Além disso, outros
testes como o de campo visual, a utilização de aparelhos digitais de imagem
para verificação da presença e extensão da lesão glaucomatosa podem ser
necessários.
O
paciente, uma vez tratado, está curado da doença
Mito.
O glaucoma não pode ser curado, mas sim controlado. A maneira mais simples é
com o uso de colírios, que diminuem a pressão intraocular Outra forma é usar um
laser específico ou então realizar uma cirurgia para escoar o líquido interno
do olho ou diminuir a sua produção.
O
colírio para baixar a pressão intraocular deve ser usado sempre
Verdade. Seguir os conselhos e instruções do oftalmologista
e usar o colírio regularmente e corretamente conforme orientado pelo
oftalmologista controlará a pressão ocular e estabilizará ou diminuirá a
progressão do glaucoma.
Quando
se opera o glaucoma o problema da pressão está resolvido
Mito.
Na maioria das vezes ocorre o equilíbrio da pressão em um nível seguro, não
precisando do uso de colírios. Mas, em alguns pacientes podem apresentar
difícil controle mesmo após a cirurgia, necessitando manter os colírios ou até
mesmo, um novo procedimento cirúrgico.
O
risco de sofrer de glaucoma diminui com a idade
Mito.
O risco de ter glaucoma aumenta com a idade, sendo mais comum após os 40 anos.
Além disso, pessoas com casos de glaucoma na família têm risco maior de
apresentar a doença. Portanto, os adultos com histórico familiar de glaucoma
devem ser examinados anualmente pelo oftalmologista e referir ao mesmo a
presença de antecedentes familiares da doença.
Divisão de Oftalmologia da Allergan
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