Celebrado em 29 de setembro, o Dia
Mundial do Coração é muito mais que uma mera data comemorativa e tem como
objetivo chamar a atenção de todos para um assunto importantíssimo: as doenças
cardiovasculares são as principais motivadoras de mortes no mundo, de acordo
com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Por esse motivo, é bom tomar
alguns cuidados com o coração, sobretudo nos momentos de fortes emoções.
O lado emocional é aflorado de
diferentes formas em cada ser humano. Perdas, nascimentos, datas comemorativas,
finais de campeonato de futebol e até uma rápida volta na montanha russa podem
despertar muita emoção, fazendo com que o corpo reaja como se estivéssemos em
situação de perigo. Nesses casos, ocorrem diversas modificações
cardiovasculares, estimuladas principalmente pela liberação de adrenalina.
Entre os efeitos desse hormônio,
pode-se destacar a redução do diâmetro das veias e artérias, no intuito de
aumentar o fluxo de sangue para órgãos nobres como o cérebro e o coração, que
passa a bater mais rápido e com mais intensidade. O aumento da frequência
cardíaca e da força da contração provoca uma maior necessidade de nutrientes e
de oxigênio. Caso o indivíduo tenha um estreitamento das artérias do coração,
ele não conseguirá suprir essa necessidade maior de energia, e poderá
manifestar dor no peito (angina pectoris) ou até mesmo infarto agudo do
miocárdio.
Por isso, diante de situações que
despertem emoções, fique atento aos seguintes sintomas: palpitações, tontura,
dor no peito, mal-estar e ansiedade excessiva. Caso identifique algum deles,
busque um médico o quanto antes para esclarecer o quadro e evitar problemas
mais graves.
No entanto, independentemente de
momentos emocionantes e de estresse serem frequentes na sua vida ou não, é
preciso cuidar do coração sempre. Visitas de rotina ao cardiologista são
essenciais para manter a sua saúde em dia e também para fazer ajustes das medicações
para hipertensão arterial (HAS), insuficiência cardíaca, arritmias, doença
arterial coronariana, entre outras.
Eduardo Campbell - cardiologista do Hospital San
Paolo, centro hospitalar de média complexidade da Zona Norte de São Paulo (SP).
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