Muitas
crianças estão dormindo em locais inseguros e em posições inseguras, de acordo com
um novo estudo. Os pesquisadores descobriram os pais estão negligenciando as
práticas de sono seguras para os bebês, mesmo quando estão sendo gravados
A Academia Americana
de Pediatria (AAP) publicou recentemente um estudo
que mostra que um número esmagador de crianças está dormindo em ambientes
inseguros. Estes ambientes ou posições de sono podem causar a síndrome da morte
súbita infantil (SMSI),
que é, na verdade, o pior pesadelo de todos os pais.
O estudo envolveu
voluntários que permitiram que seus filhos fossem gravados enquanto dormiam com
01 mês de vida, 3 meses e 6 meses. Os pesquisadores então analisaram as imagens
obtidas e as compararam com as diretrizes recomendadas para um sono seguro.
“A
maioria dos pais, mesmo quando ciente de que estava sendo gravada, colocou as
crianças em ambientes com fatores de risco estabelecidos para óbitos infantis
relacionados ao sono, incluindo o posicionamento das crianças de lado ou de
bruços; em superfícies macias; camas soltas ”, afirma o pediatra e homeopata
Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).
167 bebês foram
inicialmente incluídos no estudo, mas apenas 160 foram avaliados quando tinham
um mês, 151 quando tinham três meses e 147 no sexto mês de vida. Os
pesquisadores descobriram que 91% dos bebês com 01 mês de idade dormiam com
itens soltos e não aprovados, como roupas de cama inapropriadas, excesso de
almofadas e bichos de pelúcia. Esse número se alterava para 87% aos 3 meses de
vida e para 93% aos seis meses.
O estudo também
mostrou que 21, 10 e 12 % dos bebês foram colocados para dormir em superfícies
não recomendadas no primeiro mês, no terceiro e no sexto mês de vida,
respectivamente, e 14, 18 e 33 % não foram colocados para dormir com a barriga
para cima, outra “violação” das recomendações de segurança da Academia
Americana de Pediatria. Além disso, os bebês que foram movidos durante a noite,
muitas vezes, acabaram em situações de sono mais perigosas, em posições mais
inseguras do que antes.
A Academia Americana
de Pediatria considera este estudo inovador devido à implementação das imagens
de vídeos, que revelaram taxas mais elevadas de práticas inseguras de dormir do
que os estudos anteriores, que se baseavam nos dados autorelatados dos pais.
Embora a entidade americana venha fazendo esforços para aumentar a
conscientização sobre a segurança do sono desde 1992, recomendando que os bebês
durmam com a barriga para cima, é claro que há espaço para melhorias e aperfeiçoamento.
“É preciso reduzir
as taxas de risco investigando as crenças parentais e compreendendo a
aplicabilidade das diretrizes de sono seguras com o objetivo de desenvolver
materiais e intervenções educativas mais eficazes”, defende o médico, que é
membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da
Sociedade de Pediatria de São Paulo.
Moises Chencinski
Fanpage: https://www.facebook.com/doutormoises.chencinski/
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