Atualmente a procura por
animais de estimação cresce exponencialmente. Alguns estudos apontam que a
presença deles pode auxiliar no combate à solidão, além de reduzir a
ansiedade e a depressão. Eles também podem atuar como um incentivo à
prática de atividades físicas, promover interações sociais e aumentar os níveis
de endorfina no organismo, o hormônio que causa prazer e sensação de bem-estar.
Algumas pesquisas ainda sugerem que, ao cuidarem de animais de estimação, as
crianças tendem a crescer mais seguras e decididas em suas escolhas.
Mesmo com todos os
benefícios provenientes dessa relação, muitos animais de estimação vêm
sendo vítimas de diversas formas de agressão cometidas por seus proprietários.
Não há dados oficiais sobre maus tratos contra animais no Brasil, porém podemos
verificar, com certa frequência, relatos nos meios de comunicação sobre a
crueldade sem justificativa. Presenciar a violência pode gerar muita revolta e
aí pode surgir a dúvida sobre como agir e a quem recorrer nestas situações.
De acordo com a Lei de
Crimes Ambientais (Lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1998), constitui-se em
crime ambiental passível de detenção de três meses a um ano e de multa
“praticar ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres,
domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”. É dever de cada cidadão, ao
presenciar tais atos, denunciá-los por meio das delegacias de polícia ou pela
internet.
Mas a legislação não
tem sido respeitada. Um exemplo que ganhou destaque na mídia em 2013
foi o caso do Instituto Royal, que utilizava 178 cães da raça Beagle
para testes da indústria farmacêutica. O próprio instituto, na época, se
manifestou dizendo que atendia as normas da ANVISA, mas esqueceu da Lei de
Crimes Ambientais, ou não teve as orientações adequadas. As autoridades
pouco podem fazer se não houver denúncia por parte da população
e infelizmente essa prática, em alguns países, é vista como
normal. Um dos países que se diz o mais democrático do mundo,
os Estados Unidos, utiliza espécies de primatas como gorilas e
chipanzés para testes de vacinas, e a China, onde é comum o
consumo de carne de cães, também tem muitos casos de maus tratos
utilizando as peles destes animais.
Por aqui, podemos dizer
que o Brasil avançou muito nos últimos anos, com a legislação e
as campanhas de sensibilização com a finalidade de evitar agressões contra
animais domésticos. Mas precisamos ir além. Campanhas de adoção de animais
abandonados, criação de centros de zoonoses, castração, entre outros têm
formado uma consciência de cuidado e respeito aos animais. Em uma visão
biocêntrica de homem e natureza, cada um tem sua importância no planeta e na
perpetuação de todas as espécies.
Equipe de Gestão Ambiental do
Centro Universitário Internacional Uninter, dos professores André Maciel
Pelanda, Augusto Lima da Silveira, Rodrigo Berté e Rodrigo Silva.
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