Pesquisa do IBGE aponta risco de doenças infecciosas
entre adolescentes por falta de água e sabão para higienizar as mãos nas
escolas.
Pesquisa com 102.301
alunos do 9º ano do ensino fundamental que acaba de ser divulgada pelo IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta condições precárias de
higiene na rede de ensino fundamental do país.
Isso porque, o levantamento feito entre abril e setembro de 2015 aponta
que só 61% das escolas, sendo 55% das públicas e 96,8% das privadas, oferecem
água e sabão para estudantes lavarem as mão.
De acordo com o
oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier a higiene das
mãos é o primeiro passo para evitar doenças infecciosas. Quando se trata da
saúde dos olhos, uma das preocupações é o compartilhamento de computadores nas escolas e empresas. Isso porque, o
contato com o mouse e teclado representa importante veículo de transmissão da
conjuntivite. Trata-se da inflamação ou infecção da conjuntiva, membrana que
recobre a face interna das pálpebras e a esclera, parte branca do olho. Outras
formas de transmissão são o compartilhamento de maquiagem, fronhas, toalhas e
colírios. A doença também pode ser contraída pelo contato das mãos com
carrinhos de supermercado, corrimãos de escadas em espaços públicos e óculos
distribuídos nos cinemas para exibições 3D. Por isso, a recomendação é sempre
lavar as mão após o contato com superfícies e objetos de uso comum.
Tipos de conjuntivite
O oftalmologista
destaca que quem acredita que a conjuntivite é uma doença típica do verão se
engana. O tempo seco e frio do inverno cria um ambiente perfeito para a
proliferação de vírus. Já o calor favorece a disseminação de bactérias,
observa. Isso explica porque é mais
fácil contrair gripe e conjuntivite viral no frio e conjuntivite bacteriana no
calor. Nos dois tipos de conjuntivite o médico diz que os sintomas são: olhos
vermelhos, lacrimejamento, coceira, sensação de corpo
estranho, queimação, fotofobia e visão borrada. A diferença está na secreção
aquosa quando se trata da viral e secreção purulenta quando é bacteriana. Independente
da causa a limpeza das mãos é a primeira medida de prevenção, afirma.
Hábitos dos adolescentes
A boa notícia da
pesquisa do IBGE é que apesar das condições precárias das escolas o hábito de
lavar as mãos está crescendo entre adolescentes. Prova disso é que em 2012
15,2% nunca ou raramente lavavam as mãos antes das refeições. Em 2015 este
índice caiu para 12,7%, sendo que no estado do Rio de Janeiro o descuido
atingiu 16,6% dos entrevistados. A
pesquisa também mostra que as meninas são menos cuidadosas do que os meninos.
Entre elas o hábito de nunca ou raramente lavar as mãos que em 2012 era de 16%
melhorou para 14,2% em 2015. A frequência do descuido entre eles caiu para 11%
em 2015 contra 14.4% em 2012. Já o hábito de nunca ou raramente lavar as mãos
após ir ao banheiro para os dois sexos 8,2% para 6,2%.
Alívio imediato
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