Especialidade
médica permite diagnóstico de alta qualidade do corpo em funcionamento
Ainda
pouco conhecida, a medicina nuclear (MN) utiliza quantidades mínimas de
substâncias radioativas (radiofármacos) como ferramenta para visualizar o
funcionamento dos órgãos e tecidos vivos em pleno funcionamento. Dessa forma a
especialidade pode realizar imagens, diagnósticos e até ser usada como opção de
tratamento para doenças crônicas e até oncológicas.
A
diretora do serviço especializado da MND Campinas, Elba Etchebehere, explica que entre os principais avanços desse
tipo de medicina estão exames como a cintilografia do miocárdio e óssea, além
da densitometria. “A MN é capaz de diagnosticar diversas doenças, que incluem
embolia pulmonar, infecções agudas e infarto do miocárdio, câncer, obstruções
renais, demências e outras”, conta.
Por
mais que não seja nova, ainda existem muitos mitos acerca da especialidade, que
é visto com receio por parte da população. Para mudar esse cenário, a médica
fala sobre os seis principais mitos da especialidade:
- A
radioatividade dos procedimentos da MN é perigosa para o organismo
Mito.
De
maneira alguma. As quantidades de radiação utilizadas tanto para diagnósticos
tanto para terapias em medicina nuclear são muito pequenas e utilizam
substâncias que são rapidamente eliminadas pelo corpo (meia-vida muito curta).
- A
radioatividade dos radiofármacos tem a ver com os acidentes nucleares de
Chernobyl e Fukushima
Mito. No
caso de acidentes como esses há a liberação de enormes quantidades de radiação
sem controle. Essas sim podem ter efeitos nocivos no organismo. Quando pequenas
quantidades são utilizadas de maneira controlada, como na MN, não há dano.
-
Alguém que se trata com radiofármacos pode ficar radioativo
Mito.
Além da baixa radioatividade presente nestes medicamentos, os radiofármacos não
são indicados para serem utilizado com frequência. Esse tipo de tratamento, de
maneira geral, é feito em dose única ou com poucas doses, diferente de
medicamentos habituais em que é feito uso contínuo.
- O
médico é quem toma a decisão de inserir a medicina nuclear como terapêutica ou
diagnóstico
Verdade.
Essa
decisão é tomada sobretudo levando em consideração os procedimentos minimamente
invasivos, capazes de preservar a saúde do paciente e evitar intervenções
desnecessárias.
- Os
radiofármacos podem ser utilizados com outros medicamentos
Verdade.
Dependendo do tratamento, os radiofármacos são usados muitas vezes em
concomitância com outros tratamentos (terapia alvo).
- A medicina nuclear é utilizada sobretudo no campo do
diagnóstico
Verdade. Pode-se dizer que é a
capacidade de diagnósticos funcionais é um dos principais pontos da
especialidade. A tecnologia empregada permite a visualização de tecidos e
órgãos em pleno funcionamento. Dentre os exames disponíveis estão análises
do funcionamento do coração, cérebro, tireoide, rins, fígado e pulmões, além da
avaliação de doenças nos ossos e o diagnóstico de tumores nos principais órgãos
do corpo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário