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sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Era uma vez uma pele bonita e sadia e a culpa é do cigarro




Cirurgiã Plástica explica os males do fumo para a pele no processo de Cirurgia Plástica

Os homens e as mulheres estão cada vez mais preocupados com a aparência, mas os que fumam se prejudicam, já que o cigarro é o grande vilão para a saúde e beleza da pele. Além de causar dependência, o fumo compromete a cicatrização da pele após as cirurgias que envolvem o desdobramento do tecido cutâneo, pois ocorre uma diminuição natural da circulação sanguínea, acabando por potencializar os efeitos negativos sobre a pele.

Os jovens também estão entre os que consomem muito essa droga, extremamente viciante. Hoje o cigarro é um dos produtos mais vendidos no mundo. Diversas pesquisas apontam que, na última década, a idade em que meninas e meninos começam a fumar é cada vez mais cedo.

Por isso, o dia 29 de agosto é o Dia Nacional de Combate ao Fumo. O tabaco é o responsável por milhões de mortes em todo o mundo e a sua carga maléfica afeta não só os que consomem a droga, mas também os que não o consumindo são vítimas diretas do seu consumo. Essa iniciativa também é praticada em todo mundo no dia 31 de Maio, conhecido como “Dia Mundial sem o Tabaco”, que movimenta todos os países na luta contra o fumo.

As causas mais frequentes do vício são a ansiedade do dia-a-dia, a vida profissional agitada, estresse e tantos outros fatores, onde o cigarro torna-se um subterfúgio que leva à dependência química.

Em se tratando do vício da nicotina em processo de cirurgia plástica, a Dra. Edith Horibe, cirurgiã plástica, PhD pela Faculdade de Medicina da USP, expoente em Cosmiatria e Envelhecimento bem-sucedido, explica: “Não há como ignorar os reflexos negativos do fumo. A recuperação é mais prolongada e existe um maior índice de complicações, como formação de necroses, infecções, diminui a vascularização da pele, dificultando a distribuição do oxigênio, e problemas no processo de cicatrização”.

Além do risco de necrose e gangrena, há a possibilidade de abertura da sutura e de a pele voltar a enrugar em razão da menor sustentação dos tecidos. Algumas cirurgias são mais suscetíveis a isso, como a de rejuvenescimento facial e as plásticas de abdome, já que existe o desdobramento e o tracionamento da pele, podendo apresentar dificuldade de cicatrização. O fumo também deixa o paciente suscetível a problemas com a anestesia, como trombose e embolias.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo é a principal causa de morte no planeta, sendo considerado um problema de saúde pública. O Relatório aponta que uma pessoa morre de doenças relacionadas ao tabaco a cada seis segundos, o equivalente a cerca de 6 milhões de pessoas por ano.

A agência da ONU para a saúde afirma que esse número deve ultrapassar os 8 milhões de pessoas por ano até 2030 se não forem tomadas fortes medidas para controlar o que a OMS chama de “epidemia do tabaco”.

As substâncias aspiradas com a fumaça forma grande quantidade de radicais livres, os quais atacam as células, provocando alterações celulares que podem levar a mutações do DNA e até a morte celular.

A pele corresponde a 40% do peso corpóreo e qualquer alteração que ocorra com o organismo, afeta-a diretamente. Quando os pulmões respiram mal, diminui também a taxa de oxigenação da pele. Com isto, todas as funções metabólicas ficam alteradas, desencadeando o envelhecimento precoce.

A médica diz que o fumo afeta diretamente a quantidade de vitamina A, C e E (antioxidantes naturais) presentes em grande quantidade na pele, os quais neutralizam as radicais hidroxilas (OH). A falta de vitaminas diminui a resistência da pele aos radicais livres e afeta a síntese de colágeno.

“Quem quer ter a pele bonita, jovem e saudável deve dar um basta ao cigarro e priorizar uma alimentação saudável, do contrário a pele perde a vitalidade e envelhece precocemente. O cigarro deixa marcas na pele, unhas e cabelos, prejudicando a aparência dos fumantes, inclusive as linhas de expressão ao redor dos lábios ficam bem mais nítidas”, conclui a Dra. Edith Horibe.




Clínica Horibe

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