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sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Novas técnicas de otoplastia incentivam a correção de orelhas de abano em crianças



Pais que buscam informações sobre como ajudar seus filhos a evitarem constrangimentos causados pelas orelhas de abano descobrem em novas técnicas de otoplastia a solução.

Apoiada nas novas técnicas utilizadas em cirurgia plástica, cada dia menos invasiva e mais segura, a procura de pais por orientação sobre procedimentos cirúrgicos em suas crianças tem crescido em muitas clínicas.  De acordo com o cirurgião plástico Mauro Speranzini, a otoplastia - operação que corrige orelhas de abano - é o tipo de procedimento cirúrgico mais comum na fase infantil e visa evitar traumas psicológicos na idade adulta.

A cirurgia para o reparo da deformidade pode ser realizada a partir dos 6 anos quando, as orelhas já atingiram o tamanho adulto. É justamente nesta época que a criança que tem o problema passa a notar a deformidade; quando as brincadeiras de mau gosto e os apelidos na escola são frequentes. Esta situação é bastante constrangedora para ela e, ainda que não comente abertamente com os pais, danos de ordem psicológica podem ocorrer, afetando o desenvolvimento sadio da personalidade. De acordo com o Dr. Speranzini, neste caso, a otoplastia é fortemente recomendada.

Em geral as crianças desconhecem a possibilidade de correção e se angustiam com o problema. Privam-se de atividades que exponham as orelhas. Evitam prender o cabelo e optam por penteados inadequados com o intuito de “esconder” o problema. Quando os pais, professores ou familiares próximos notam tais comportamentos, é recomendável procurar ajuda de um especialista. A desinformação leva muitas pessoas a procurarem uma solução somente na fase adulta, quando revelam ao cirurgião plástico suas angústias e também seu sonho.

Como o pais podem ajudar
O médico destaca ainda que quando se fala em cirurgia plástica em crianças, o assombro causado pela crença de ser desnecessário pode impedir que pais e responsáveis busquem informações importantes que colaboraram na formação da autoestima infantil.  Segundo o especialista, que é criador de novas técnicas cirúrgicas capazes de evitar a recidiva e extrusão de pontos, não há motivos para impedir que a criança faça a reparação. “A cirurgia é segura, eficaz e, por mais que pareça um capricho, pode evitar apelidos na escola e na vizinhança (bullying) que, muitas vezes, resultam em reações violentas, podendo chegar, inclusive ao quadro de depressão, interferindo inclusive, no desempenho escolar da criança”, explica o médico.

Novas técnicas
Quando se fala em cirurgia para corrigir orelhas de abano, a recidiva é sempre a complicação mais temida pelos pacientes. Os riscos de insucesso nos resultados, no que se refere à volta do problema, podem ocorrer meses depois do procedimento e chegam a atingir até 15% dos casos. Para evitar essa situação, o cirurgião plástico Mauro Speranzini criou e uniu técnicas capazes de reduzir a zero a recidiva nas otoplastias. 

Também criador da “Técnica do Enxerto em Sanduíche” - que reduziu a chance da extrusão de pontos de 5% para apenas 1% dos casos -, Speranzini associou técnicas cirúrgicas para aprimorar os resultados das cirurgias de correção de orelha de abano, também capazes de evitar a recidiva

De acordo com o médico, em uma única operação, podem ser associadas de uma a sete técnicas para garantir melhores resultados na cirurgia, com a consequente redução de complicações. Dentre as quais se destacam a Técnica do Enxerto em Sanduíche, onde a cartilagem retirada da concha é usada para acolchoar os pontos de nylon, evitando a sua extrusão; e a Técnica de Enfraquecimento da Antélice com a micro lâmina, que é usada para enfraquecer a cartilagem e reduzir a chance recidiva. A associação das duas técnicas reduziu essa chance de 15% para zero (nos últimos cem casos).  “Com a micro lâmina, as incisões são uniformes, rápidas, eficientes”, explica o médico.



 Dr. Mauro Speranzini -  Formou-se na Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) em 1987 e especializou-se em Cirurgia Plástica no Hospital dos Defeitos da Face. Obteve o Título de Especialista na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, onde é Membro Titular com tese de dissertação sobre cirurgia da orelha, é também membro da American Society of Plastic Surgeons. Em 2000, obteve o Título de Mestre pelo Departamento de Cirurgia da FMUSP com sua tese de Mestrado, sobre a “Correção de Orelhas de Abano”, aprovada com distinção. É o criador das Técnicas de Enxerto de Cartilagem em Sanduíche e de Enfraquecimento da Antélice com a Micro-lâmina, reduzindo a recidiva de 15% para zero (nos últimos cem casos).  Escreveu ainda o capítulo: “Correção de orelhas de abano” no livro Cirurgia Plástica – Dr. José Marcos Mélega, publicado em 2011 e do livro “Cirurgia Plástica na infância e Adolescência”, do Dr. Juarez Avelar – a ser publicado em 2016.


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