De
acordo com estudo do Ministério da Saúde, 18,5% dos adolescentes já tiveram
contato com o tabaco. O hábito de fumar, a longo prazo, pode levar a doença e
até mesmo a morte.
A
exposição de jovens e adolescentes à tóxicos como álcool e drogas se tornou
motivo de preocupação para órgãos de saúde. Um estudo recente do Ministério da Saúde mostrou que 18,5% dos adolescentes entre 12 e
17 anos já tiveram contato com o cigarro. A constatação é alarmante, pois
levando em consideração que, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer
(INCA), 80% daqueles que
experimentam o cigarro antes dos 18 anos podem se tornar fumantes ao longo da
vida, essa parcela de jovens pode entrar para o grupo de risco da doença pulmonar obstrutiva crônica
(DPOC), patologia responsável por 90% das mortes em fumantes.
A
DPOC bloqueia parcialmente os brônquios (ramificações do pulmão) e dificulta a
passagem e absorção do oxigênio. A princípio, sintomas como tosse, pigarro e
cansaço passam despercebidos durante muito tempo, porém, no longo prazo
manifesta-se com falta de ar intensa e o aparecimento de infecções.
"Ainda
na juventude, poucos são aqueles que sentem as consequências do cigarro, mas a
partir dos 40 anos, os sinais da DPOC podem surgir de maneira mais agressiva,
comprometendo a qualidade de vida. Inicialmente, o paciente sente falta de ar
apenas durante os exercícios físicos e acha que isso é normal, por isso, não
desconfia de nenhum problema grave e é muito comum que leve anos até ser
diagnosticado", indica o Dr. Alex Macedo, mestre em
Pneumologia pela UNIFESP.
De
acordo com a Associação Brasileira de Portadores de DPOC (ABP-DPOC), a doença
atinge mais de 7 milhões de
pessoas no Brasil e 210
milhões no mundo, sendo que a principal
causa é o tabagismo. O cenário é delicado, a DPOC é 14 vezes mais fatal em
indivíduos usuários do tabaco conforme
dados do INCA.
Com
a progressão da enfermidade, complicações como diminuição da função pulmonar e
o aparecimento constante de infecções levam a debilidade e contribuem para que
o paciente chegue ao especialista em um estágio mais avançado. "O
diagnóstico é feito por meio da espirometria,
exame que mede o volume de ar e a rapidez que uma pessoa pode inspirar e
expirar. Uma vez que o diagnóstico é confirmado, é necessário definir o curso
do tratamento", explica o Dr. Macedo.
O
primeiro passo para preservar a qualidade de vida do paciente está na mudança
de hábitos. O cigarro deve ser abandonado e a adoção de tratamentos que
envolvem especialistas como pneumologistas, fisioterapeutas e nutricionistas
devem ser elaborados de forma individual, seguindo as limitações e características
de cada um.
Além
da mudança no estilo de vida, o uso de medicamento é indicado de acordo com o
grau em que a doença se encontra. "Na
fase inicial são utilizados broncodilatadores, que relaxam a musculatura ao
redor do aparelho respiratório, facilitando a respiração", completa o
especialista.
Durante
o processo infeccioso, o uso de medicamentos anti-infectivos como o
moxifloxacino (Avalox®, da Bayer) oferece, para 70% dos pacientes, uma melhora
do quadro em até três dias. Além disso, pesquisas revelam que os que se
encontram em estados mais graves e utilizam a terapia intermitentemente por um
ano, apresentaram uma diminuição de infecções em 45%, e um crescimento no
intervalo entre as crises.
Bayer - www.bayer.com
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