Cardiologista
dá dicas para deixar o tabagismo, que é a principal causa de morte evitável em
todo o mundo
Descoberto
pelos colonizadores europeus no Novo Mundo onde era usado em rituais religiosos
ou para fins terapêuticos por indígenas das Antilhas, o fumo foi levado à
Europa e disseminado pela falsa associação com prazer, relaxamento e
concentração. Hoje, cerca de 80% a 90% dos fumantes iniciam-se no tabagismo
antes dos 18 anos e segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é a principal
causa de morte evitável em todo o mundo, respondendo por 63% dos óbitos
relacionados a doenças crônicas não transmissíveis, 85% das mortes por doença
pulmonar crônica, 30% das mortes por diversos tipos de câncer (pulmão, boca,
laringe, faringe, esôfago e outros), 25% dos óbitos por doença coronariana e
25% das mortes por doenças cerebrovasculares. A entidade prevê ainda que, se
nada for feito, o mundo registrará mais de 8 milhões de mortes por ano a partir
de 2030, sendo que mais de 80% delas devem atingir pessoas que vivem em países
de baixa e média renda.
De acordo com
a Profª. Dra. Marisa Amato, cardiologista do Amato Instituto de Medicina
Avançada, o hábito de fumar além da nicotina expõe também o indivíduo a
componentes nocivos como a nicotina e o monóxido de carbono que, passando pelos
pulmões chegam ao sangue prejudicando ainda mais a saúde.
“A nicotina
aumenta a frequência cardíaca e eleva a pressão arterial, podendo desencadear
arritmias, ou seja, mudança no ritmo do coração. Está comprovado que após cada
cigarro fumado há intensa vasoconstrição com grande diminuição do calibre das
artérias e arteríolas, tanto periféricas como dos órgãos vitais e aceleração do
ritmo cardíaco. A repetição frequente desse ato agrava lenta e progressivamente
o quadro hipertensivo e o processo aterosclerótico. Já o monóxido de carbono
decorre da combustão das substâncias orgânicas, que ocupa nos glóbulos
vermelhos o espaço do oxigênio e assim, diminui a capacidade da hemácia em
transportar este elemento para os tecidos”, explica a Dra. Marisa.
Tais
substâncias lesam a parede interna das artérias facilitando a deposição de
gordura e a formação das placas de ateroma, que levam a aterosclerose, doença
de base dos aneurismas, gangrenas, infarto do miocárdio, acidente vascular
cerebral e outras. Durante o ato de fumar a pressão arterial se eleva o que
pressiona a entrada de gordura na parede das artérias. Além desse
comprometimento cardiovascular o cigarro aumenta a incidência de câncer de
praticamente todos os órgãos, em particular pulmão e bexiga.
“Esses fatores
levam a consequências desastrosas, aumentado a mortalidade entre fumantes que
chega a ser duas vezes maior do que entre os não fumantes com incidência
significativamente maior de morte súbita. Um entre três homens de 40 anos que
fumam mais de vinte cigarros por dia morrerá antes da idade de se aposentar.
Vale lembrar que a ilusão do filtro nos cigarros não afasta seus efeitos
maléficos, admitindo-se até mesmo, que ele proporcione maior concentração de
monóxido de carbono”, finaliza.
Dicas
para deixar o cigarro:
- O dia de
parar: é bom marcar uma data específica e parar completamente naquele dia;
- Contar a
todos que está parando de fumar dará suporte e coragem ao se sentir tentado a
novamente acender um cigarro;
- Encarar cada
dia como um novo desafio. O começo de um dia representa o início de uma
barreira a ser ultrapassada. Mais um dia sem fumar é mais uma etapa vencida;
- Identificar
os momentos do dia em que o desejo pelo cigarro é mais acentuado, e ocupar as
mãos durante estes momentos com alguma outra coisa: brincar com lápis,
costurar, manipular bolas de borracha, etc.;
- A cada dia,
colocar no cinzeiro da casa o montante de dinheiro que se gastaria com maços de
cigarro;
- Pensar
positivamente e tratar-se como um não fumante, e não um fumante que parou.
Quando um cigarro é oferecido, a pessoa deve sempre dizer: "Não, obrigado.
Eu não fumo";
- Quando se
sente o impulso, a vontade quase irresistível de dar uma tragada, deve-se
pensar em como já foi difícil parar de fumar e como esse desejo já foi superado
a contento em ocasiões anteriores;
- Não são
todos os que conseguem parar na primeira tentativa. O vício é muito forte, mas
o importante é não desanimar e continuar tentando.
Amato – Instituto
de Medicina Avançada
Em sua quarta
gerações de médicos, mais de 100 anos dedicados à saúde e 35
anos de empresa estabelecida e reconhecida como medicina de ponta, a
história do
Amato – Instituto de Medicina Avançada se
mistura à história da medicina. Os
médicos da família estiveram presentes e atuando quando as
especialidades começaram a nascer no Brasil, depois quando a tecnologia
tomou conta da medicina e, mais recentemente, com o nascimento da medicina
baseada em evidências. Sua maior missão é valorizar o lado humano do
relacionamento médico-paciente e aliviar o sofrimento, uma vez que curar, nem
sempre é possível. http://www.amato.com.br - Av. Brasil, 2283 - Jardim América
- São Paulo - Tel.: (11) 5053-2222.
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