Insuficiências ou
excessos hormonais podem ocorrer por muitos motivos; saiba como diagnosticá-los
O que provoca a diminuição hormonal e como ela pode ser
resolvida? E o excesso de hormônio também pode ser um problema?
As insuficiências hormonais podem ocorrer por muitos
motivos. Entre eles estão as causas fisiológicas, programadas pelo organismo.
“Por exemplo, na menopausa e na andropausa há uma baixa natural dos hormônios,
situação esperada e normal”, afirma Dra. Suemi Marui, endocrinologista que
integra o corpo clínico do Alta Excelência Diagnóstica. Ela explica que o eixo
de controle da produção hormonal da própria glândula pode causar a alteração.
“A glândula pode apresentar falência em sua capacidade
produtiva em função de um tumor, isquemia (falta de irrigação sanguínea),
trauma (por acidente externo ou retirada cirúrgica de parte ou de toda a
glândula) ou por medicamentos que inibam a produção hormonal”, afirma ela.
Doenças sistêmicas, como as doenças autoimunes, podem também acometer as
glândulas e diminuir a produção hormonal. Além desses fatores, a falta de
alguns nutrientes na alimentação pode interferir na produção de hormônios.
A especialista indica que o diagnóstico é feito pela
avaliação médica, seguida de exames laboratoriais de dosagens hormonais. Geralmente
o tratamento consiste na resolução da causa primária e, se for possível, na
reposição do hormônio que está sendo produzido de forma inadequada. Atualmente
a maioria dos hormônios pode ser reposta de forma artificial, por meio de
medicamentos. “Para os casos em que isso não é possível, existem outras
soluções que atuam diretamente no sítio de ação deste hormônio”, afirma.
Já a elevação dos níveis séricos de qualquer hormônio
representa um risco para o organismo. Os excessos podem ocorrer por uso inadequado
de medicamentos ou reposições hormonais em doses elevadas (exógeno). “Estes
casos de reposição hormonal são os mais frequentes”, revela a médica.
Também há casos em que a alta de hormônios pode ser causada
por distúrbios de produção glandular, em que os hormônios são produzidos em
excesso pelo organismo (endógeno). Além disso, o excesso hormonal pode estar
relacionado a um tumor produtor de qualquer hormônio ou a doenças sistêmicas,
como doenças autoimunes, alterações genéticas dos receptores dos hormônios,
dentre outras. Existem ainda situações em que a elevação hormonal é
fisiológica, devido à gestação, exercícios, infecções, dentre outros fatores.
“Mas geralmente estas são situação autolimitadas e que não trazem prejuízo para
o organismo”, diz.
A médica reforça que o excesso de produção hormonal vai
amplificar todas as funções do hormônio em questão, gerando uma série de
sintomas e prejuízos à saúde. Os excessos hormonais endógenos mais
frequentemente identificados são o hipertireoidismo (excesso de hormônios da
tireoide), o hiperinsulinismo (excesso de insulina) e o hipercortisolismo
(excesso de cortisol). “Mas não existe nenhum hormônio que não possa apresentar
esta situação”, pondera.
De acordo com a endocrinologista, o diagnóstico também deve
ser feito pela avaliação médica criteriosa e pela realização de exames
complementares. O tratamento será a suspensão da medicação em uso, se a causa
for exógena, ou o tratamento da causa primária e o uso de medicamentos que
inibam a produção glandular normal, nos casos endógenos.
Alta Excelência Diagnóstica
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