Especialista fala
sobre a nova geração de alunos e dá dicas para uma nova educação
As gerações Z, Y e A – a última um pouco menos conhecida
e que é formada por crianças que estão nascendo agora e têm até 12 anos de idade
-, têm uma coisa em comum: todos nasceram e cresceram na era digital. Isso
define o novo comportamento, pois são mais
tecnológicos, fazem diversas atividades simultaneamente, têm voz ativa e,
principalmente, são imediatistas, ou seja, não têm paciência para esperar
resultados, ouvir explicações, principalmente dos mais velhos, entender
processos ou qualquer tarefa que leve mais tempo. A tendência é buscar soluções
rápidas.
Apesar de o imediatismo parecer algo negativo, segundo o
especialista em educação Marco Gregori, criador da Rede VIAe – método
educacional que estimula competências e habilidades socioemocionais -, este
novo perfil traz habilidades importantes para as demandas do século 21. “Eles
são muito criativos, se adaptam melhor às mudanças, têm facilidade de assimilar
muitas informações e com mais rapidez e estão sempre em busca de novidades.
Estas características são importantes para enfrentar os desafios da vida e,
principalmente, para as demandas do mercado de trabalho que irão enfrentar no futuro”.
“São habilidades, como criatividade, resiliência, raciocínio crítico e busca
pelo conhecimento que podemos aprender com eles”, completa Marco.
E são estas gerações que
frequentam as salas de aula na educação básica, nos ensinos infantil, fundamental
e médio. Mas, como as escolas podem se adaptar ao novo perfil e atrair a
atenção deles para o conteúdo acadêmico? “É preciso atualização constante da
escola e do professor, utilizar meios digitais para o ensino das disciplinas,
falar a mesma linguagem, promover aulas práticas e atrativas e, principalmente,
trazer o aprendizado para a realidade do aluno, o que passa a fazer sentido
para eles. Quanto mais promovermos a prática de situações do cotidiano desde a
infância, mais eles estarão preparados a enfrentar os conflitos e empasses na
vida adulta”, explica Marco.
E o convívio com estas novas gerações também é um desafio
aos professores, que devem promover o equilíbrio e promover experiências onde
as crianças possam trocar brinquedos, dividir espaços e atenção, para que
desenvolvam a paciência e a persistência, características que têm marcado os
conflitos destas gerações. E se não desenvolvido na infância, as dificuldades
podem ser maiores na adolescência. “Cerca de 70% das demissões entre os jovens
ocorrem por questões comportamentais. Isso prova que a maneira como reagimos a
diversas situações interfere também em nossas relações profissionais. As
escolas podem prepara-los, desde cedo, para ter as habilidades que o mercado
demanda, o que os ajuda a se colocar mais rapidamente no mercado e, ao mesmo
tempo, ajuda as empresas a contar com candidatos mais preparados para o que
precisam”, finaliza.
Sobre a Rede VIAe
A Rede VIAe é o método educacional aplicado
nas escolas da Eduinvest. Idealizado pelo empreendedor Marco Gregori, sua
proposta é estimular competências e habilidades demandadas para o século 21,
como empreendedorismo, tecnologia, colaboracionismo, entre outros -
fundamentais para que os jovens estejam preparados para a vida e profissão que
escolherem. O método já é vivenciado por cerca de três mil alunos e está
disponível para implantação em outras escolas. www.redeviae.com.br
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