“Você é a média das cinco pessoas com
quem mais convive". Desta frase do filósofo americano Jim Rohn,
conseguimos extrair algumas interpretações interessantes, além de associá-la a
quebra de um ditado popular, onde não são os opostos que se atraem, mas sim, os
semelhantes.
Você já parou pra pensar quanto mudou
durante sua vida devido ao grupo de pessoas com quem já conviveu? Quais eram os
comportamentos que tinha em cada época? O que pensava?
Essas perguntas são bem interessantes,
pois com elas conseguimos perceber o quanto mudamos com o passar do tempo e, o
principal, quanto nos transformamos devido aos nossos contatos com pessoas mais
próximas.
Prova de que esta teoria vem sendo
testada há muito tempo, quem nunca ouviu o ditado “Diga-me com que andas e te
direi quem és”? Ou, independente de crença ou religião, o trecho da Bíblia que
diz “Quem anda com os sábios será sábio; mas o companheiro dos tolos sofre
aflição”? Com base nisso, é importante refletir periodicamente: como as pessoas
com quem mais convivo estão interferindo no meu modo de ser e agir atualmente?
Ao entrar nesta discussão, algumas pessoas se surpreendem em ver como têm
pensamentos e ações muito similares as das pessoas que estão mais perto delas –
seja positiva ou negativamente.
Quem nunca ouviu alguém dizer que “Eu era
mais realizado quando andava com aquele grupo de pessoas”, ou “Ainda bem que
parei de andar com aquelas pessoas, elas só me deixavam para baixo”? Mas não
importa o grupo que você estava antes, e sim, quais pessoas te deixam mais
felizes e próximas de suas metas e objetivos – e aproximar-se cada vez mais
delas.
Mas, como afastar-se desses “grupos
indesejáveis”? Simples, mudando sua percepção, pois quando você muda sua forma
de pensar ou agir, acaba afastando essas pessoas que passarão a não ter mais
“nada a ver” com você.
Diante disso, faço duas perguntas para
você refletir e que influenciarão diretamente em seu futuro: com quem você
convive a maior parte do seu tempo? Essas pessoas estão te ajudando ou te
atrapalhando?
Outra alternativa para mudar as
influências indesejáveis na sua vida é parar de reclamar! Sabe-se que o
sinônimo de queixa, em latim, é a expressão de uma dor, uma pena,
ressentimento, inquietação. E por que algumas pessoas se apoiam na reclamação?
Pois quando fazem isso, dizem que é para desabafar, para expressar sua
indignação, seu direito de não concordar com algum acontecimento.
Tudo bem que todos temos esse direito.
Porém, cientificamente, as emoções negativas na forma de reclamações (pessoal
ou dos outros próximos a nós) geram sinapses (transmitem informações de uma
célula para outra) que fazem com que as pessoas ao seu redor não consigam sair
do estado negativo, isso devido ao fato gerar reações químicas que vão sendo
reaplicadas de uma fenda para outra, gerando mais estado de negatividade.
Esses estudos vêm do cientista e filósofo
Steven Parton, que buscava entender o motivo pelo qual as pessoas continuavam
se sentindo mal e tinham dificuldades para sair deste estado. Parton notou o
poder que a reclamação de uma pessoa tem não só nela, mas em todos a sua volta.
Isso porque quando alguém reclama demais de alguma coisa, está gerando um
possível sintoma de pessimismo, e se você estiver próximo e ouvindo (vamos
lembrar a questão da sinapse), provavelmente também começará a ter pessimismo,
pois bioquimicamente é o que está sendo passado para você.
E o que eu ganho se parar de reclamar ou
afastar-me dessas pessoas? Muito!
Quando uma pessoa para de reclamar gera
mais sentimentos de felicidade para o corpo, isso porque passa a olhar para o
lado bom das coisas e sempre buscar uma intenção positiva nas atitudes dos
outros. Ela consegue identificar mais sorrisos e alegrias, pois um mesmo fato
que para uma pessoa pode estar gerando raiva, pra ela, pode criar aprendizado.
Outro acontecimento importante que
acontece quando paramos de reclamar é que conseguimos mudar nosso foco do
problema para solução, e isso é fundamental para a criação de oportunidades em
resolver alguma coisa.
E para terminar, uma dica valiosa para
quando der aquela vontade de fazer uma reclamação. Pergunte para si mesmo: “O
que eu quero ao invés disso?”. Dessa forma, você reprograma seu cérebro para a
busca do seu desejo e passa a ficar mais próximo dos seus objetivos. E é ai que
se pode construir uma maior felicidade e plenitude.
Lucas Santos -
Personal e Professional Coach, palestrante, especialista em Gestão do Tempo,
Produtividade e Autoconhecimento (Master em PNL). www.lucassantos.com.br
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