ILSI Brasil realizou um webinar com foco no impacto da pandemia nas atividades
físicas e como profissionais de saúde têm recomendado ações que ajudam a manter
a performance esportiva da população
Com a pandemia da
Covid-19, diversas atividades físicas foram suspensas para contenção do avanço
do vírus, em respeito ao distanciamento social. O real impacto na performance
das atividades em pausa é alvo de estudiosos da área, que visam alternativas e
estratégias nutricionais para amenizar as consequências do intervalo. Este foi
o tema do webinar realizado em agosto, pela Força-tarefa Nutrientes e
Suplementos Alimentares do International Life Sciences Institute (ILSI) Brasil.
A transmissão teve
coordenação da Professora Dra. Nágila Damasceno, Docente do Departamento de
Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo; e de
Thaise Mendes, Nutricionista, Mestre em Ciências e responsável pela área de
Assuntos Governamentais na Herbalife Nutrition Brasil.
Em sua palestra, o
Professor Associado do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da
USP, Dr. Bruno Gualano, apontou dados que evidenciam a queda da prática de
exercícios físicos durante a pandemia, e que interferem diretamente na
qualidade de vida da população e no agravamento de sintomas em doentes
crônicos. "Estudos mostram que houve uma queda dos níveis de atividades
físicas no mundo. No Brasil, os indicativos são ainda mais alarmantes. O
brasileiro, analisado em uma amostra realizada no estudo por meio de
dispositivos de acelerometria em aparelhos smartphones, anda menos de 3 mil passos
por dia, o que representa uma queda de 40% no nível de atividade física".
O Dr. Bruno
aproveitou para fazer algumas recomendações práticas para que a população
mantenha a qualidade de vida durante o período do distanciamento social, como:
fazer 150 minutos por semana de atividade moderada à vigorosa; 60 minutos de
atividades vigorosas para crianças e adolescentes; e interrupção de tempo
sedentário prolongado. Ele lembrou ainda que qualquer atividade física é melhor
do que o sedentarismo e que a alimentação equilibrada é essencial.
Mas, afinal, o que é
uma alimentação equilibrada? Em sua palestra, a Nutricionista e Doutora em
Ciência dos Alimentos, Professora Luciana Rossi, apontou algumas práticas
nutricionais benéficas à saúde. Entre elas, destacam-se as reduções da
frequência de ingestão de alimentos entre as refeições principais regulares
(café da manhã, almoço e jantar) e de calorias, o consumo de fontes de
proteínas de boa qualidade (peixes, aves e carne magra), além da ingestão
moderada de sementes, nozes e gordura monoinsaturada.
A suplementação
alimentar, também abordada pela Professora Luciana, deve ser realizada com
diagnóstico da necessidade e orientação médica e/ou de um nutricionista.
Principalmente quando pensando em performance esportiva, o atleta deve atingir
o nível de evidência para suplementação para que seja indicado pelo
profissional. Por conta disso, durante a pandemia, os profissionais de nutrição
e educação física reviram suas formas de diagnóstico, e migraram para o teleatendimento.
"Uma vez regularizado, se tornou algo comum no meu dia a dia fazer o
acompanhamento de atletas à distância. Não era algo que fazia parte da minha
rotina, mas tem sido uma experiência interessante poder auxiliar na performance
destes atletas à distância", completou.
Ao final, durante as
perguntas dos participantes aos palestrantes, os profissionais reiteraram a
importância de conversar e ouvir mais o paciente, antes de pensar em que
atividades e alimentação recomendar. Pois é importante saber do que o paciente
gosta e como ele pode de adaptar sua rotina para obter melhores resultados nas
atividades físicas.
Para assistir o
webinar completo, clique aqui .
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