Quarenta
por cento dos óbitos ocorridos pela Covid-19
estão relacionados
às doenças cardiovasculares
Há 20 anos, foi instituído, em 29 de
setembro, o Dia Mundial do Coração. A data tem o propósito de conscientizar a
população sobre a importância da atenção às doenças cardiovasculares, para que
haja melhora na prevenção e diminuição do número de casos graves. Neste 2020
tão atípico para a saúde global, a contaminação pelo novo coronavírus tem
apresentado quadros mais graves em pessoas com comorbidades. Por isso, a data
tem um apelo maior quanto à importância da detecção precoce desses males, já
que quase metade das vítimas fatais da Covid-19 estava acometida por alguma
enfermidade cardíaca.
Dentre os problemas cardiovasculares, um dos mais comuns é a Fibrilação
Arterial (FA), doença crônica que, se não controlada e tratada, pode
desencadear um Acidente Vascular Cerebral (AVC) incapacitante. Isso aumenta
drasticamente os riscos de vida e causa sérios danos e sequelas nos pacientes.
A FA está diretamente ligada à parte superior do coração, chamada de átrio, cavidade
que recebe o sangue venoso. Em um órgão saudável, as quatro câmaras existentes,
que são o átrio direito, o esquerdo, ventrículo direito e o esquerdo, batem em
um padrão rítmico e constante. Quando o coração está acometido pela FA, o
bombeamento de sangue torna-se fraco e se acumula nos átrios. Quando isso
acontece, um coágulo pode formar-se nessas cavidades, aumentando o risco de
derrame.
Além disso, quando partes desse coágulo soltam-se e entram na corrente
sanguínea por meio das artérias, o fragmento pode ser grande o suficiente para
interromper o fluxo daquele vaso, causando assim a embolia. Em decorrência
disso, parte do cérebro ficará sem oxigênio presente no sangue, fazendo com que
as células nervosas parem de funcionar, ocasionando um AVC.
Apesar de a doença muitas vezes ser assintomática, algumas pessoas podem
perceber mudanças que servem como indícios de possíveis problemas cardíacos.
Exemplos: batimentos cardíacos rápidos e irregulares, tonturas, dores no peito
e palpitações. "É importante salientar que a detecção da FA seguida do
tratamento adequado pode reduzir o risco de AVC em até 68%" ressalta Diego
Hernandez, gerente de produtos da MedLevensohn. Uma alternativa eficaz de
prevenção é o AFIB, monitor de pressão arterial capaz de identificar a
fibrilação atrial antes que o quadro se agrave.
Mortes por doenças cardiovasculares em 2020
Segundo indicador da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), as doenças cardiovasculares causaram a morte de 300.245 pessoas entre o dia primeiro de janeiro e 28 de setembro de 2020. São mais de 1.100 óbitos por dia, cerca de 46 por hora ou um a cada 1,5 minutos (90 segundos).
Essas enfermidades causam o dobro de mortes do que aquelas devidas a todos os tipos de câncer juntos, 2,3 vezes mais do que todas as causas externas (acidentes e violência), três vezes mais do que as doenças respiratórias e 6,5 vezes mais do que todas as infecções, incluindo a AIDS. A SBC estima que, ao final deste ano, quase 400 mil cidadãos brasileiros terão morrido por doenças do coração e da circulação. Muitas dessas mortes, segundo a entidade, poderiam ser evitadas ou postergadas com cuidados preventivos e medidas terapêuticas.
MedLevensohn
Nenhum comentário:
Postar um comentário