Insuficiência cardíaca, arritmia e miocardite são problemas cardíacos comuns em todas as idades
Dia 29 de setembro é comemorado o Dia Mundial do
Coração. Essa data tem como intuito trazer conscientização a respeito da saúde
de um dos principais órgãos vitais do corpo humano, uma vez que doenças
cardiovasculares estão surgindo de forma cada vez mais precoce, influenciando
na saúde geral da população.
Usualmente, as doenças cardiovasculares são mais
comuns a partir dos 50 anos de idade. Mas, hábitos pouco saudáveis – como a má
alimentação, caracterizada inclusive pelo alto consumo de fast food e o sedentarismo – têm contribuído para o
surgimento de problemas cardíacos em pessoas cada vez mais jovens. Dessa
forma, a obesidade torna-se uma das grandes vilãs para a saúde cardíaca da
população. De acordo com um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatísticas (IBGE), 33% das crianças com idade entre cinco e nove anos estão
acima do peso.
Segundo a cardiologista e assessora médica da linha
cardiovascular da FQM, Dra. Fabiane Duque Estrada Paes, em todas as idades, a
hipertensão arterial, as cardiopatias, a insuficiência cardíaca, as miocardites
e as arritmias são comuns. Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia apontam
que cerca de 80% das crianças apresentam algum tipo de sopro cardíaco em ao
menos um momento da vida, porém a grande maioria melhora espontaneamente. Na
infância, ainda há a incidência de febre reumática, gerando as cardiopatias
valvulares muito frequentes no norte e nordeste brasileiro.
Na juventude, a hipertensão arterial já se torna
uma preocupação, além das cardiopatias estruturais congênitas, reumáticas,
arritmias, angina e até mesmo o infarto agudo do miocárdio. Na fase adulta,
outros problemas cardíacos somam-se à lista: Insuficiência cardíaca, AVC,
aneurismas da aorta, cardiomiopatias, doença arterial obstrutiva periférica
(DAOP), tumores cardíacos e valvulopatias.
Alguns outros fatores aumentam os riscos para as
doenças cardiovasculares, como a carga genética (histórico familiar de infarto,
hipertensão arterial, DM, morte súbita e outras doenças), obesidade,
sedentarismo, tabagismo, estresse, etnia, sexo (mais comum em homens e até a
fase de menopausa das mulheres) e portadores de doenças ateroscleróticas.
“Quando existe a presença desses fatores de risco, é recomendável que os homens
façam a primeira visita ao cardiologista aos 30 anos, enquanto as mulheres
devem fazer isso aos 40. Na ausência deles, a consulta inicial pode ser aos 45
anos para os homens e aos 50 para as mulheres”, recomenda a especialista.
A adoção de bons hábitos de vida pode
auxiliar na saúde do coração e prevenir muitas doenças. “A mudança do estilo de
vida tem como características principais a alimentação saudável e a prática de
exercícios, sejam em casa, sob a orientação de profissionais via on-line, ou
presencial, além disso, devemos também interromper o tabagismo e diminuir a
ingestão de álcool e sal. Esses hábitos devem estar presentes em qualquer
momento ou fase, seja na pandemia ou no novo normal”, finaliza Dra. Fabiane
Duque Estrada.
FQM - laboratório farmacêutico
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