quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Prática de atividades físicas diminui em todo o mundo. No Brasil, a queda no nível de pessoas se exercitando é alarmante

ILSI Brasil realizou um webinar com foco no impacto da pandemia nas atividades físicas e como profissionais de saúde têm recomendado ações que ajudam a manter a performance esportiva da população

 

Com a pandemia da Covid-19, diversas atividades físicas foram suspensas para contenção do avanço do vírus, em respeito ao distanciamento social. O real impacto na performance das atividades em pausa é alvo de estudiosos da área, que visam alternativas e estratégias nutricionais para amenizar as consequências do intervalo. Este foi o tema do webinar realizado em agosto, pela Força-tarefa Nutrientes e Suplementos Alimentares do International Life Sciences Institute (ILSI) Brasil.

A transmissão teve coordenação da Professora Dra. Nágila Damasceno, Docente do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo; e de Thaise Mendes, Nutricionista, Mestre em Ciências e responsável pela área de Assuntos Governamentais na Herbalife Nutrition Brasil.

Em sua palestra, o Professor Associado do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da USP, Dr. Bruno Gualano, apontou dados que evidenciam a queda da prática de exercícios físicos durante a pandemia, e que interferem diretamente na qualidade de vida da população e no agravamento de sintomas em doentes crônicos. "Estudos mostram que houve uma queda dos níveis de atividades físicas no mundo. No Brasil, os indicativos são ainda mais alarmantes. O brasileiro, analisado em uma amostra realizada no estudo por meio de dispositivos de acelerometria em aparelhos smartphones, anda menos de 3 mil passos por dia, o que representa uma queda de 40% no nível de atividade física".

O Dr. Bruno aproveitou para fazer algumas recomendações práticas para que a população mantenha a qualidade de vida durante o período do distanciamento social, como: fazer 150 minutos por semana de atividade moderada à vigorosa; 60 minutos de atividades vigorosas para crianças e adolescentes; e interrupção de tempo sedentário prolongado. Ele lembrou ainda que qualquer atividade física é melhor do que o sedentarismo e que a alimentação equilibrada é essencial.

Mas, afinal, o que é uma alimentação equilibrada? Em sua palestra, a Nutricionista e Doutora em Ciência dos Alimentos, Professora Luciana Rossi, apontou algumas práticas nutricionais benéficas à saúde. Entre elas, destacam-se as reduções da frequência de ingestão de alimentos entre as refeições principais regulares (café da manhã, almoço e jantar) e de calorias, o consumo de fontes de proteínas de boa qualidade (peixes, aves e carne magra), além da ingestão moderada de sementes, nozes e gordura monoinsaturada.

A suplementação alimentar, também abordada pela Professora Luciana, deve ser realizada com diagnóstico da necessidade e orientação médica e/ou de um nutricionista. Principalmente quando pensando em performance esportiva, o atleta deve atingir o nível de evidência para suplementação para que seja indicado pelo profissional. Por conta disso, durante a pandemia, os profissionais de nutrição e educação física reviram suas formas de diagnóstico, e migraram para o teleatendimento. "Uma vez regularizado, se tornou algo comum no meu dia a dia fazer o acompanhamento de atletas à distância. Não era algo que fazia parte da minha rotina, mas tem sido uma experiência interessante poder auxiliar na performance destes atletas à distância", completou.

Ao final, durante as perguntas dos participantes aos palestrantes, os profissionais reiteraram a importância de conversar e ouvir mais o paciente, antes de pensar em que atividades e alimentação recomendar. Pois é importante saber do que o paciente gosta e como ele pode de adaptar sua rotina para obter melhores resultados nas atividades físicas.

Para assistir o webinar completo, clique aqui .







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