O neurocientista, neuropsicólogo, psicanalista com especialização em nutrição clínica Fabiano de Abreu, aproveita este dia mundial do coração para alertar sobre os problemas cardíacos em um momento em que aumentam o número de ansiosos e estressados
Uma pesquisa recente da
Universidade do Rio de Janeiro (UERJ) no Brasil, mostrou que os casos de
estresse e ansiedade aumentaram em 80% com o distanciamento social. Ambos
fatores podem ser responsáveis por doenças cardiovasculares, uma classe de
doenças que afetam o coração ou vasos sanguíneos como doenças arteriais
coronárias, a angina de peito, AVC, ataque cardíaco, entre
outras. Pensando neste tema tão atual, o neurocientista e
neuropsicólogo Fabiano de Abreu resolveu ajudar a
esclarecer algumas dúvidas sobre o assunto.
"A ansiedade faz
parte do instinto de sobrevivência humano, entrando em ação quando há
pendências de resolver um ou mais problemas, é a fuga do perigo ou qualquer
situação que precise de uma ação rápida de resposta. O estresse está vinculado
à ansiedade e se confunde com ela, mas a diferença é que o estresse, como uma
reação, vem quando as situações demandam mais energia e/ou não conseguimos
lidar da maneira e/ou tempo esperado. Quando nosso organismo se sobrecarrega de
tensão, essa pressão causa o estresse. Ambas as situações alteram nosso
organismo e, em resposta, nossos mensageiros químicos que controlam o
humor, bem-estar, sono, memória, medo, aprendizado, frequência cardíaca,
felicidade, etc., alteram trazendo reações químicas e fisiológicas. ",
Inicia o cientista.
Segundo Abreu,
"Toda essa “pressão” da ansiedade e do estresse, prejudica o coração. Essa
situação acontece porque os neurotransmissores, que são mensageiros químicos no
cérebro, sofrem um desequilíbrio quando sofremos de ansiedade potencializada
e/ou contínua assim como o estresse. A produção de adrenalina e a
noradrenalina, produzidas também nas glândulas suprarrenais como hormônio,
aumentam quando estamos ansiosos ou estressados aumentando os batimentos
cardíacos e a pressão arterial podendo levar ao ataque cardíaco. Já o cortisol,
hormônio regulador do estresse produzido nas glândulas suprarrenais, pode
causar a morte em pessoas que já tenham doenças cardiovasculares. Os níveis
elevados de cortisol na corrente sanguínea gera aumento da frequência cardíaca
e do nível de açúcar no sangue, diminui a produção de insulina e constrição dos
vasos sanguíneos.".
"A amígdala, região
do cérebro buscada quando estamos ansiosos e estressados já que é onde se
localizam as memórias de medos, traumas e instintos, é responsável por informar
à medula óssea quando ela deve produzir mais leucócitos (glóbulos brancos),
para dar ao corpo meios de combater as infecções causadas pela ansiedade ou
estresse. É uma resposta inata a uma situação de insegurança como
mecanismo de sobrevivência e as mesmas respostas inatas são desencadeadas por
problemas emocionais como a ansiedade e estresse. Este processo coloca a
amígdala sob pressão constante para encomendar a criação de glóbulos brancos
que pode levar as artérias a desenvolver inflamações acarretando em problemas
cardiovasculares que afetam o coração.", Continua a explicação.
Fabiano de Abreu
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