Brasileiros reduziram as atividades físicas em cerca de 15% durante a pandemia do novo coronavírus. Prática de exercícios pode ajudar na prevenção de diversos problemas, inclusive câncer de próstata, alerta especialista
Um
levantamento da empresa americana Fitbit com mais de 30 milhões de pessoas
apontou que os brasileiros reduziram as atividades físicas em cerca de 15%
durante a pandemia do novo coronavírus. Os dados preocupantes também se juntam
a outra pesquisa realizada pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos,
que mostram que, das 58,7 milhões de mortes ocorridas em 2018, cerca de 9% -
5,3 milhões - têm alguma relação com a falta de atividade física.
A
insuficiência de exercícios físicos foi responsável por 6% dos óbitos por
doenças cardíacas, 10% por câncer de mama e 10% por câncer de cólon. Os hábitos
saudáveis também podem ser importantes para a prevenção de doenças que atingem
o sistema urinário e reprodutor das pessoas. Segundo o médico urologista
Fernando Leão, a prática de exercícios aliada a uma alimentação saudável e
balanceada pode prevenir o surgimento do câncer de próstata, que tem uma
estimativa de atingir mais de 65 mil homens durante este ano, segundo previsão
do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
“Uma
alimentação saudável, baseada em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais
integrais, além de praticar exercícios físicos regularmente podem contribuir
para que os homens não sofram com essa doença”, detalha Leão, que também alerta
para a necessidade de controlar o peso, não fumar e evitar o consumo de bebidas
alcoólicas.
A
atividade física contribui para a prevenção ao câncer de próstata a partir do
momento em que promove a redução de peso, que é um dos fatores de risco para o
desenvolvimento da neoplasia. Isso porque a obesidade promove um desarranjo
hormonal e estimula o desenvolvimento da doença. “A prática dos exercícios
contribui para melhorar o comportamento humano porque passam a liberar mais
endorfina e permite a reparação do sistema imunológico, deixando o corpo mais
resistentes às diversas doenças”, detalha Leão.
Apesar
de os hábitos saudáveis também serem essenciais para a manutenção da
estabilidade do corpo, as tradicionais visitas regulares ao urologista
continuam sendo uma ação importante para se identificar precocemente o
desenvolvimento de tumores malignos e agir rapidamente contra a doença. “Quanto
mais cedo se descobre esse tipo de doença, mais fácil será para se combater a
neoplasia. Por isso, é importante que os homens com mais de 50 anos frequentem
regularmente o urologista e, quem tem casos da doença na família, a partir dos
40 anos”, detalha o médico urologista, que também é membro da American
Urological Association (AUA) e da Society of Robotiv Surgery, ambas dos Estados
Unidos, e da Société Internationale d’Urologie (SIU), do Canadá.
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