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quinta-feira, 9 de março de 2017

Quem são seus sabotadores?



Quem nunca teve problemas na infância? Quem nunca sofreu na adolescência? O nosso cérebro está preparado para prestar atenção em cada detalhe onde estamos inseridos, nos nossos primeiros anos de vida, e se ajustar ao meio que nos cerca a fim de suportarmos o peso emocional que encontramos até chegar à idade adulta.

Mesmo se você não teve uma infância difícil, a vida ainda assim apresentou desafios pelos quais os seus sabotadores foram inicialmente desenvolvidos. Por exemplo, teve pais amorosos, mas tinha medo da sua mãe ficar doente e não saber se ela iria voltar do hospital. Ou teve um irmão que parecia ser o preferido dos seus pais. Podem ter havido momentos que fracassou publicamente, foi rejeitada ou traída.

“Com esses acontecimentos prometeu a si mesma - talvez até de maneira inconsciente - que se protegeria melhor para que essas coisas não acontecessem novamente. Seus sabotadores eram então amigos que te ajudavam a manter a sua promessa interior. Os sabotadores são um fenômeno universal. O fato de não estar ciente deles não significa que eles não existam. Se acha que não tem nenhum sabotador está correndo um risco muito maior, pois os seus sabotadores estão se escondendo bem”, explica a coach Cintia Souza.


Formação do sabotador

A formação do sabotador é um processo normal e é o primeiro estágio em nosso desenvolvimento mental quando formulamos estratégias de sobrevivência. Nem os melhores pais e nem a melhor criação pode nos salvar desse drama mental. Segundo a coach, a formação dos sabotadores basicamente começa a fazer sentido depois que a pessoa entende e percebe o objetivo principal dos primeiros 20 anos de vida: sobreviver emocionalmente nas transições entre infância, adolescência e o período adulto.

Os sabotadores aparecem na infância. O problema é chegar na adolescência com os mesmos problemas anteriores. Caso tenha desenvolvido um perfil controlador e essa característica ajudava a ser uma criança que sempre guiava as brincadeiras e na adolescência determinava como seriam os trabalhos de grupo no colégio, na fase adulta esse agente sabotador vai permanecer. E isso vai ser traduzido da seguinte forma: uma pessoa controladora. Tal fato, gera um ser humano impaciente, estressado ou até mesmo uma pessoa solitária, por ninguém aguentar o modo autoritário.


Como enfraquecer os sabotadores?

O ponto principal é não lutar contra os sabotadores. A estratégia mais eficaz para enfraquecê-los é ter clareza e consciência que existem, e para conhecê-los é necessário um processo interno de autoconhecimento com profissional especializado – terapeuta, psicólogo, coach e practitioner PNL. “Se estiver em uma reunião de negócios e perceber que seu sabotador controlador irá entrar em ação, tome consciência, observe e pense. A Dona Sargenta está insistindo em afirmar que só vai dar certo se fizer do jeito dela. Fazendo isso mentalmente quase não vai gastar tempo e esforço”, revela a coach.

Outra estratégia é fortalecer o seu lado sábio, também com profissional especializado – psicólogo, coach e practitioner PNL - em processo de autoconhecimento. Explorar esse lado envolve aceitar o fato ao invés de negar, rejeitar ou se ressentir. O lado sábio aceita todos os resultados e circunstâncias como oportunidades.

“Imagine se colocasse um gesso no seu braço quebrado aos quatro anos para protegê-lo de outros ferimentos e depois nunca mais tirasse? Por mais estranho e bizarro que isso possa parecer não é muito distante do que realmente acontece a nós mental e emocionalmente com os sabotadores. Os sabotadores eram os gessos iniciais que nos protegiam, mas se não removê-los na idade adulta limita nossa liberdade mental e emocional”, salienta Cintia Souza.

Ao chegarmos à fase adulta, deveríamos abandonar as estratégias dos sabotadores da infância em favor de outros mais maduros que fossem mais adequados e menos vulneráveis. No caso de seguir com o sabotador crítico, ao cometer um erro no trabalho o seu crítico cai em cima e você fica com um sentimento de culpa, raiva ou remorso. Terá pago alto preço emocional e mais: o sofrimento intenso aumenta a probabilidade de cometer outros erros enquanto se concentra em não repetir a falha anterior. 





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