Segundo a Organização Mundial da Saúde
(OMS), o cigarro é responsável pela morte de 5 milhões de pessoa por ano no
Brasil. Exercitar-se é essencial para quem luta contra o vício
No
início deste ano Brasília foi apontada a capital onde as pessoas mais praticam
atividades físicas no país, de acordo com pesquisa do Ministério da Saúde. A
rotina de exercícios é uma grande aliada na luta contra o vício no tabaco, como
afirma o pneumologista Sérgio Prado. As doenças relacionadas ao tabagismo, só
no Distrito Federal, mataram cerca de 2 mil pessoas em 2016, segundo a
Secretaria de Saúde do DF.
O
número de fumantes no DF caiu 40% nos últimos oito anos. As atividades físicas
auxiliam tanto a curto quanto em longo prazo. Além de combater alguns dos
primeiros efeitos negativos que o cigarro proporciona, como falta de fôlego,
diminuição de resistência e queda no desempenho físico e até sexual, a prática
de exercícios estimula as pessoas a largarem de uma vez por todas o cigarro.
O
Dr. Sérgio Prado, médico pneumologista da Aliança Instituto de Oncologia,
explica que os exercícios físicos liberam hormônios relativos ao bem estar, que
incentivam o cessar do tabagismo. “A atividade física estimula o sistema
imunológico, melhora a capacidade física e pulmonar do paciente. Acredita-se
que pacientes que praticam atividade física tem maior chance de cessar o
tabagismo, principalmente entre seis meses e um ano”, aponta o especialista.
Aliado
a isso, a sensação de satisfação ao terminar uma atividade física ocasiona mais
horas sem a vontade de fumar, conforme complementa o professor Talles Sucesso,
da Bodytech Lago Sul. “Ao executar movimentos a sensação fisiológica promovida
pela atividade física promove mais tempo sem fumar. E conforme a pessoa vai
avaliando a progressão da evolução física, percebe que uma coisa não combina com
a outra e psicologicamente tende a diminuir o habito de fumar, ou até mesmo
parar de fumar”, explicou o professor que é ex-fumante.
Com
a capacidade física diminuída pelo cigarro, Talles conta que os fumantes
possuem dificuldades específicas quando iniciam os exercícios. “A dificuldade
pulmonar dos fumantes é agravada pelo cigarro, e acabam cansando com mais
facilidade. Então é necessário limitar, inicialmente, a intensidade e o volume
do treinamento, para que a pessoa aos poucos melhore a condição física”,
destaca. Segundo o professor, em alguns casos, até mesmo o tempo que passam
longe do cigarro enquanto estão na academia já é um obstáculo extra.
O
tabagismo é um dos principais fatores de risco para os diversos tipos de
câncer, em especial câncer de pulmão. Está relacionado também a doenças
pulmonares, como asma bronquite, pneumonia, e doenças cardiovasculares, como
arritmia, hipertensão e infarto. Segundo a OMS, o tabagismo é a principal causa
de morte evitável no mundo.
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