Muitas
pessoas acreditam que problemas relacionados à obesidade são uma exclusividade
dos humanos, porém é crescente a obesidade em cães e gatos. Estima-se que hoje
no Brasil pelo menos 30% dos cachorros e 25% dos gatos estejam obesos, o que
quer dizer que um a cada quatro cães sofre desse mal. Para ser considerado
obeso, um animal deve ter mais do que 15% de excesso de peso além do seu peso
natural.
Em grande parte, a culpa por esse quadro é dos donos. Maus
hábitos como má alimentação e sedentarismo, por exemplo, são herdados a partir
da observação e do usufruto do comportamento dos seres humanos. O resultado
disso são animais comendo cada vez mais – e comidas pouco saudáveis – e fazendo
menos exercícios do que deveriam.
Esse sobrepeso pode trazer uma série de consequências
graves para o animal, colocando a vida dele em risco. Doenças osteoarticulares,
diabetes, problemas respiratórios, circulatórios e cardíacos são apenas alguns
dos sintomas facilmente diagnosticados com uma simples visita à clínica
veterinária. O problema é sério e o tutor pode – e deve – tomar algumas
atitudes para evitar que isso aconteça ou, se a obesidade em cães e gatos já é
uma realidade, iniciar imediatamente o tratamento, afirmam os profissionais da
Vet Quality Centro Veterinário 24h.
Os cuidados com a alimentação
Uma das principais causas da obesidade em cães e gatos
é alimentação inadequada. Em linhas gerais, há muitos proprietários que
oferecem alimentos humanos para cães e gatos. Petiscos, pães, bolachas, pizza,
chocolate e até sorvete estão entre as guloseimas oferecidas a eles. Os animais
comem e adoram, mas não têm como expressar o quanto isso faz mal para o
organismo deles.
Algumas das consequências são alergias, problemas
gástricos e queda da pelagem. A principal recomendação é evitar a todo custo
dar ao animal as mesmas comidas que o ser humano come. "Sim, eles vão
fazer cara de pedintes e vão ficar curiosos para saber o que você está comendo,
mas é preciso resistir bravamente". A comida deles deve se restringir aos
petiscos – em quantidade moderada – e à ração.
Se o cão ou o gato já estão com um problema avançado de
obesidade então é recomendável apostar em uma ração light e em porções menores.
Dividir a alimentação deles em três pequenas porções ao dia pode ser suficiente
para que ele volte, aos poucos, a recuperar a saúde. Na dúvida, é essencial
a orientação do veterinário para saber qual é a alimentação mais adequada
para cada ocasião.
Busque um especialista
Se para definir a alimentação é importante procurar uma
clínica veterinária, para o tratamento contra a obesidade em cães e gatos é
importante levar o seu animal de estimação a um especialista. A Vet Quality,
por exemplo, tem em seu quadro de funcionários uma veterinária
endocrinologista, profissional especializada em nos transtornos das glândulas
endócrinas.
Nesse momento, vale lembrar que será preciso realizar
exames para saber qual se a obesidade está em um estado avançado ou não e como
o sobrepeso impactou no funcionamento do metabolismo dos animais. Por isso,
saiba que é melhor prevenir do que remediar futuramente, já que esse é um
quadro reversível, mas que pode levar alguns meses de tratamento.
Sedentarismo: o mal de não fazer exercícios
Em geral, cães e gatos que vivem em apartamentos são
mais propensos a apresentar quadros de obesidade do que aqueles que moram em
ambientes externos ou em casas. O motivo disso é o fato de que esses animais
acabam se tornando mais sedentários, seguindo muitas vezes o exemplo dos seus
donos que preferem ficar o dia todo no sofá em frente à TV.
Cães precisam se exercitar e, se você é um proprietário
responsável, entenda que eles precisam passear pelo menos duas vezes ao dia. A
falta de tempo não deve servir de desculpa, já que há profissionais
especializados em passear cães – o que resolve o problema do seu animal de
estimação.
Já no caso dos gatos a situação é um pouco diferente.
Não dos passeios que eles sentem falta, mas sim de brinquedos e outros
atrativos que os mantenham em movimento durante boa parte do dia. Eles precisam
ter liberdade de correr pela casa ou arranhar alguma coisa. Quando estiver em
casa, tente manter seu gatinho entretido, fazendo alguma atividade estimulante
com ele.
Obesidade em cães e gatos: entre seis e oito
anos de idade
Não há uma regra com relação à idade dos animais
obesos, mas em linhas gerais, cães e gatos com menos de dois anos não costumam
estar na faixa de risco. Esse problema, em sua maioria, acomete os animais com
idades entre seis e oito anos, ou seja, aqueles que estão ficando mais velhos.
Se o seu bichinho de estimação tem mais do que doze anos, então ele se encontra
em uma faixa muito mais propensa a ter problemas de saúde por conta disso.
Cuidados com a castração
Se o seu animal acabou de ser castrado, então os
cuidados com a alimentação precisam ser redobrados. É comum que após a
castração ocorram mudanças hormonais no animal, resultando em um comportamento
mais sedentário e propenso à obesidade. Uma rotina de exercícios físicos e uma
alimentação baseada em um número limite de calorias são algumas das medidas que
você deverá adotar nesse período.
No final das contas, as dicas mais importantes são
basicamente as mesmas que devemos adotar com relação à nossa saúde. Alimentação
de qualidade e uma rotina de exercícios para fugir do sedentarismo. Leve em
consideração que o seu animal não é capaz de fazer escolhas por conta própria,
por isso é papel do tutor auxiliá-lo na dieta e garantir que ele tenha
saúde e qualidade de vida pelo maior tempo possível.
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